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Cuiabá, 11 de Maio de 2024
11 de Maio de 2024

27 de Abril de 2024, 16h:35 - A | A

POLÍCIA / TEVE A MÃO ARRANCADA

Polícia descarta ataque de onça e constata que funcionário de fazenda morreu com três tiros

Caso ocorreu na quinta (25) em Tapurah, norte de MT. Dinaldo Lopes, de 52 anos, saiu para arrumar a cerca e não mais voltou

APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT



O laudo da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) descartou a possibilidade de o trabalhador rural Dinalto Machado Lopes, de 52 anos, ter sido morto por uma onça, em fazenda na região de Tapurah, norte de MT. A Polícia Civil trabalha com a possibilidade de ele ter sido assassinado, já que foram encontradas lesões causadas por três projéteis de arma de fogo. Diligências estão em andamento para prisão de um suspeito.

Segundo o perito Nilton Dalberto, já nas primeiras avaliações do cadáver foi levantada a suspeita de que a morte não teria sido causada por ataque de animal silvestre. Inicialmente foi divulgado que o animal teria arrancado uma das mãos da vítima.

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“Levantamos algumas suspeitas porque elas (as lesões no corpo) não tinham padrões que eram de se esperar para um ataque de animal silvestre. Pelo contrário, tinha características bem típicas de lesões causadas por arma”, explicou.

“Depois dessa primeira análise, buscamos os vestígios no local e também não encontramos qualquer vestígio que indicasse que esse suposto ataque. Pelo contrário, nós encontramos fartos vestígios de que foi uma ação humana e não de um animal silvestre”, acrescentou.

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A técnica em necropsia Simoni Edna explicou que a lesão onde a mão tinha sido decepada tinha um corte “perfeito”, além disso haviam sinais de defesa e no crânio havia lesão corto contusa, mas não havia fratura no crânio, o que é comum em casos de ataques de animais.

Também havia uma lesão no tórax que, após análise no Instituto Médico Legal, apontou para lesão causada por arma de fogo. Não apenas uma, mas três.

“E o disparo de arma de fogo no tórax e mais outras duas (lesões semelhantes), inclusive um projétil subcutâneo, foi encontrado aqui em exames no IML”, concluiu.

Como noticiou o Repórter MT na quinta-feira (25), Dinalto saiu por volta das 7h para consertar uma cerca e desde então, não foi mais visto.

Os outros funcionários da fazenda ao sentirem falta do companheiro saíram para procurá-lo e o encontraram já sem vida. Eles ainda notaram que a vítima tinha vários arranhões pelo corpo e estava sem uma das mãos.

Por fim, os companheiros de serviço ainda contaram aos policiais que viram alguns filhotes de onça andando pela mata nos últimos dias, o que fez que se levantasse em um primeiro momento a versão de morte por ataque de animal silvestre.

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