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Cuiabá, 09 de Maio de 2024
09 de Maio de 2024

27 de Abril de 2024, 07h:50 - A | A

POLÍCIA / ALEGA TER APANHADO

Polícia Civil diz que denúncia de bandido que matou motoristas de aplicativo é "estratégia de defesa"

Lucas Ferreira, de 20 anos, confessou ter matado motoristas de aplicativo, junto de outros dois menores e reclama que levou tapas na cara.

THIAGO STOFEL
REPÓRTERMT



A Polícia Civil através de nota comunicou que a denúncia feita pelo criminoso Lucas Ferreira da Silva, de 20 anos, que confessou ter matado três motoristas de aplicativo é estratégia comumente utilizada pela defesa durante audiência de custódia. Ele alega ter sofrido tapas na cara de um policial civil no momento de sua prisão. O promotor do Ministério Público disse que a denúncia será investigada.

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A corporação ainda informa que não foi notificada oficialmente para poder dar andamento as investigações. 

Por fim, a polícia salienta que denúncias de todo e qualquer tipo de abuso de poder praticado por policiais civis podem ser feitas à Corregedoria-Geral da Polícia Civil para apuração dos fatos.

“A Polícia Civil informa que não adota e nem coaduna este tipo de prática e que a afirmação feita na audiência de custódia costuma ser uma estratégia utilizada pelos investigados para auxiliar sua defesa. 

Qualquer denúncia de possíveis situações de abuso de autoridade praticada por policiais civis pode ser feita à Corregedoria-Geral da Polícia Civil para apuração dos fatos.  

A Corregedoria-Geral ainda não recebeu oficialmente a determinação judicial do caso mencionado e tomará todas as providências cabíveis assim que for notificada”.

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MANIFESTAÇÃO 

Em conversa com o RepórterMT, o promotor de Justiça responsável pelo caso, Milton Pereira Merquiades, da 5ª Promotoria de Justiça Criminal de Várzea Grande, disse que adotou a atitude necessária. Se ficasse omisso, ele explica, estaria configurado o crime de prevaricação.

A audiência de custódia é o momento em que a Justiça verifica a legitimidade e a legalidade da prisão. Conforme o promotor, o magistrado tem o dever legal de questionar ao preso se ele sofreu agressão por parte da autoridade policial. Do contrário, incorre em infração. E o representante do Ministério Público, diante de uma denúncia dessa natureza, não poderia tomar outra atitude.

“Compreendo a indignação da sociedade, porque é um crime que choca todo mundo, é um crime bárbaro. Ninguém vai passar a mão na cabeça”, disse à reportagem.

ASSASSINATOS 

Lucas, juntos de dois menores de 15 e 17 anos, confessaram ser os assassinos de Márcio Rogério Carneiro, Elizeu Rosa Coelho e Nilson Nogueira, atraindo-os para falsas corridas em aplicativos de mobilidade.

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Em depoimento, Lucas disse que ainda sentiu prazer em cometer os crimes, e que se não fosse preso, iria matar mais. 

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