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Cuiabá, 26 de Abril de 2024
26 de Abril de 2024

03 de Junho de 2011, 16h:43 - A | A

POLÍCIA /

Polícia apreende 180 quilos de cocaína na Serra de São Vicente



DA REDAÇÃO  15h15

Um carregamento com 180 quilos de drogas foi apreendido pela Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE), da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, na BR-364, região da Agrovila, na Serra de São Vicente. Um total de 165 tabletes, divididos entre pasta-base e cocaína pura, estava escondido no assoalho da carroceria do caminhão coberto com 27 toneladas de sucata, apreendido na madrugada de quinta-feira (02.06). A droga está avaliada em mais de R$ 12 milhões.

A carga de sucata seria entregue na cidade de Araçariguana, em São Paulo, mas o destino dos entorpecentes era a capital paulista. No último domingo (29.05), a Delegacia de Entorpecentes recebeu informação do envio do carregamento droga e passou a fazer levantamentos. Quando a carga era transportada, o caminhão apresentou problemas mecânicos e foi deixado em uma oficina nas imediações da Escola Agrotécnica Federal de São Vicente.

A organização criminosa, ainda não identificada pela polícia, preparou outro caminhão com a mesma quantidade de droga, e o motorista seguiu viagem até a cidade de Bauru, onde a carga seria entregue numa empresa. O Departamento de Investigações de Narcóticos (Denarc) foi acionado e interceptou o caminhão com placa de Cuiabá, carregado com 180,7 quilos de pasta-base, na quarta-feira (01.06), em Bauru. A droga também estava escondida sob sucatas e avaliada em R$ 12 milhões.

O motorista Valmir de Oliveira, 45 anos, foi preso em Bauru, pelo Denarc e prestou interrogatório nas investigações que serão compartilhadas com a Delegacia de Entorpecentes de Cuiabá. O motorista é morador do bairro Construmat, em Várzea Grande.

De acordo com a delegada titular da DRE, Cleibe Aparecida de Paula, pelo menos mais quatro pessoas estão sob investigação e poderão ser presas por tráfico de drogas e associação para o tráfico. Duas empresas também são suspeitas de envolvido com o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. "Normalmente o tráfico de drogas tem se revestido de atividade ilícita. A gente quer chegar a lavagem de dinheiro", afirma da delegada da Polícia Civil de Mato Grosso.

Em Mato Grosso, policiais da DRE realizaram campana durante quatro dias para descobrir se alguém iria resgatar o caminhão. O dono do veículo não apareceu e então a carreta foi consertada e trazida para o pátio do Grupo de Operações Especiais (GOE), em Cuiabá, onde foi retirada parte da sucata e aberto o assoalho do veículos, na manhã desta sexta-feira.

Retirada da droga

O trabalho de retirada da droga durou mais de três horas. Foi preciso utilizar um caminhão muck para remover parte da sucata que escondia o entorpecente, embaixo do assoalho de madeira e dentro de um bloco de metal. Investigadores da DRE cortaram o fundo falso recém colocado de madeira, ainda com cheiro de verde. Uma vez aberto, havia outro compartimento fundido de metal, onde o entorpecente foi camuflado. Depois de muito trabalho, os policiais conseguiram abrir bloco de metal com uma marreta e uma alavanca e um a um dos 165 tabletes foram sendo extraídos e amontoados numa pilha. Cada tablete pesa entre 1 quilo e 1 quilo e 100 gramas.

Investigação

A delegada Cleibe Aparecida de Paula disse que as organizações estão utilizando a sucata para disfarçar carregamentos de drogas, metais preciosos como a cassiterita e o fio de cobre. Ela disse a Polícia Civil que o dono da empresa carregou o caminhão com sucata, reconheceu o motorista como a pessoa que fez o cadastro na firma. O dono do caminhão ainda não foi localizado.

Durante a pesagem da droga feita pela Pericial Oficial e Identificação Técnica (Politec) foi constatado 16 tabletes, cerca de 20 quilos de cocaína pura. Algo incomum já que na Bolívia não há laboratório de refino. "O refino que é feito na Bolívia é muito artesanal. A Polícia Civil vai investigar se essa droga veio da Bolívia ou Colômbia", disse a delegada Cleibe Aparecida de Paula.

Prisão São Paulo

Os policiais de São Paulo desconfiaram da carreta que estava parada em um posto de combustível, devido um homem que estava bastante inquieto e parecia aguardar a chegada de alguém. Após a abordagem e revista, contatou-se que a carga era formada inteiramente de sucatas.

Ao ser questionado sobre as sucatas, o motorista Valmir de Oliveira, passou mal e não soube responder para onde seriam encaminhadas as sucatas, o que levantou suspeita dos investigadores. Uma segunda equipe da Denarc foi até a empresa que seria descarregada a sucata, onde localizaram as drogas, que foi avaliada em até R$ 12 milhões.

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