RAUL BRADOCK
DA REDAÇÃO
O juiz Anderson Candiotto, responsável por converter a prisão de Jonathan Nicolas Duarte, 20 anos em preventiva, negou que seja realizado exame de sanidade mental nele. O bandido estuprou e matou uma menina de 8 anos, em Sorriso (a 420 km de Cuiabá), no dia 18 de julho.
A perícia verificou que além do estupro, o que levou a vítima ao óbito foi o fato de ela ter o pescoço quebrado e também ter sido estrangulada pelo agressor.
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Conforme o juiz, na decisão, Jonathan não demostrou em nenhum momento qualquer alteração em seu quadro mental.
“INDEFIRO a instauração de incidente de insanidade mental do indiciado, a internação e de acompanhamento psicológico, vez que não restou apresentado/demonstrado na oitiva da audiência de custodia, qualquer indício mesmo que mínimo de que o indiciado tenha algum tipo de transtorno mental ou psicológico”, decidiu Candiotto.
A audiência de foi realizada na sexta-feira (19), em Sorriso. O preso está detido em Sinop (a 500 km de Cuiabá) por risco a sua integridade física.
Estupro e assassinato
O crime bárbaro, que chocou a cidade, aconteceu na madrugada de quinta-feira (18).
A criança morava com mãe, mas na noite do crime, estava sozinha, enquanto ela trabalhava. A mulher contou que ao chegar em casa percebeu que a filha estava desacordada e tinha sofrido uma convulsão. A menina foi levada às pressas ao Hospital Regional de Sorriso, onde a equipe médica fez manobras de ressuscitação durante 45 minutos, mas a garota não respondeu aos procedimentos e então foi confirmada a morte.
O médico do hospital acionou o Instituto de Medicina Legal (IML) para necropsia com objetivo de descobrir a causa da morte. Na manhã de quinta-feira (18), o legista comunicou o delegado da Polícia Civil, André Eduardo Ribeiro, informando que a criança apresentava sinais de abuso sexual bem como indícios de morte violenta.
Foram identificados três possíveis suspeitos e um deles apresentou contradições nas declarações. Tratava-se de Jonathan Nicolas Duarte, que mora nos fundos da casa da vítima.
O estuprador contou aos policiais que naquela noite, por volta das 20 horas, teria ido dormir e não mais saído de casa. No entanto, um amigo dele, que divide o mesmo quarto falou que ambos teriam ficado à noite bebendo e por volta de 1 hora da madrugada, ele (Jonathan) saiu de casa e retornou 30 a 40 minutos depois, por volta das 2 horas.
Levado à delegacia, ele acabou confessando que durante a madrugada, após fazer uso de bebida alcoólica e droga, aproveitou que a vítima estava sozinha em casa e invadiu o local, asfixiou e a estuprou enquanto a criança dormia. Ele contou ainda que durante o estupro percebeu que menina não mais respirava e assim se vestiu deixou a casa e foi dormir.