RAFAEL DE SOUSA
DA REDAÇÃO
O desembargador Orlando Perri - do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) - revogou, no fim da desta sexta-feira (18), as prisões preventivas do ex-secretário da Casa Militar e de seu ex-adjunto, os coronéis da PM Evandro Alexandre Lesco e Ronelson Barros, presos desde o último dia 23 de junho, na Academia de Polícia Costa Verde, por suposta participação em um esquema de grampos no âmbito da Polícia Militar.
Na decisão, o magistrado afirma que, a partir de agora, apenas a prisão domiciliar e o afastamento das funções serão suficientes para que não haja interferência dos coronéis nas investigações do chamando esquema de “arapongagem”.
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“Contudo, mesmo admitindo essa possibilidade [não probabilidade], a prisão preventiva deve ceder lugar às medidas cautelares. (...) como: a proibição de manter qualquer tipo de contato [pessoal, telefônico ou mediante aplicativos, v.g., WatsApp] com testemunhas ou com outros corréus; a suspensão do exercício de suas funções, e, ainda, a monitoração eletrônica”, diz trecho da decisão.
Perri usou como referência para soltar Lesco e Ronelson Jorge, o cabo Euclides Torezan, que foi preso e solto dias depois por ordem do prórpio magistrado.
A mudança de prisão preventiva para domiciliar ocorre, segundo o desembargador, porque as investigações apontam uma participação menor no suposto esquema.
“Entendo que a participação de ambos não foi tão incisiva e direta para o sucesso da empreitada criminosa, nomeadamente no que tange às escutas telefônicas ilegais”, destaca.