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Cuiabá, 25 de Abril de 2024
25 de Abril de 2024

17 de Janeiro de 2020, 10h:55 - A | A

PODERES / CASO PALETÓ

Misael diz que não foi notificado sobre decisão para retomar CPI contra Emanuel, mas estuda medidas

Presidente da Câmara afirmou que aguarda aparecer da Procuradoria Geral para decidir se cumpre ou recorre da determinação do Tribunal de Justiça.

RAFAEL MACHADO
RAUL BRADOCK



O presidente da Câmara de Cuiabá, Misael Galvão (PTB), disse que o Legislativo ainda não foi notificado da decisão da desembargadora Helena Maria Bezerra Ramos, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), que revogou liminar e autorizou a retomada da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra o prefeito Emanuel Pinheiro, a chamada CPI do Paletó.

No entanto, ele comentou que a Procuradoria Geral da Câmara já estuda qual será o próximo, ou seja, se cumpre ou recorrer da determinação judicial.

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“Ainda não tem nenhuma decisão tomada nesse sentido. É muito prematuro falar disso agora [entrar com recurso contra a decisão], mas, como presidente, tenho que ouvir a Procuradoria, que tem legitimidade na defesa do Parlamento. A minha missão é defender a Câmara”, disse em conversa com a imprensa antes do lançamento das máquinas Cuiabá Recicla, no Shopping Popular, nesta sexta-feira (17).

“Às vezes sou criticado, mas sou transparente. Não deixo de falar a verdade, não deixo de mostrar a realidade, mesmo na situação da CPI. Nunca omiti nada”, acrescentou.

A decisão da desembargadora foi proferida na última sexta-feira (10). As investigações haviam sido suspensas após uma ação proposta pelo presidente da Câmara.

O objetivo da comissão é apurar em que circunstâncias o vídeo em que o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), na ocasião deputado estadual, aparece recebendo maços de dinheiro do então chefe de gabinete do Governo Silval Barbosa, Sílvio Correa.

A CPI apura se a ação de Emanuel reflete na gestão dele enquanto prefeito. Em delação, o ex-governador comentou que o dinheiro era ‘mensalinho’ pago aos deputados estaduais para manter a governabilidade na Assembleia Legislativa.

Emanuel nega todas as acusações e afirma que o dinheiro recebido por ele era pagamento de pesquisas realizadas pelo Instituto Mark, do seu irmão e empresário Marco Polo Pinheiro, o Popó.

Críticas

O presidente da Câmara declarou que se o vereador Diego Guimarães (Progressista) não tivesse judicializado a CPI, os resultados das investigações já teriam sido concluídos há dois anos.

“Até porque na realidade a CPI já deu resultado, já foi compartilhado com o Ministério Público, com o Gaeco, com a Defaz e demais órgãos de controle. Agora, não dá pra entender a Vossa Excelência, o vereador Diego Guimarães que fez pergunta, fez questionamento, participou das oitivas, custou dinheiro público, participou de tudo, 119 dias ele entra na Justiça. Estou fazendo o meu papel para defender o Parlamento e ele deveria explicar isso à sociedade”, disparou.

A CPI começou os trabalhos em 2017. No início foi ouvido pelos vereadores o ex-governador Silva Barbosa, seu ex-chefe de gabinete, Silvio Corrêa, o ex-secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Alan Zanatta, o servidor Valdecir Cardoso de Almeida, responsável por enquadrar a câmera usada para gravar Emanuel Pinheiro, entre outras pessoas.

A apuração foi suspensa devido a possíveis irregularidades na composição dos membros. No ano passado retomou com novos integrantes, mas foi suspensa pela Justiça novamente.

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