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Cuiabá, 06 de Maio de 2024
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21 de Junho de 2019, 07h:00 - A | A

PODERES / AMEAÇA DE PARALISAÇÃO

Mauro aponta movimento fraco e não vê espaço para greve geral de servidores estaduais

Governador afirmou que maioria das escolas no interior deixou o movimento grevista nos últimos dias o que enfraquece uma paralisação geral.

MARCIO CAMILO
DA REDAÇÃO



O governador Mauro Mendes (DEM) disse não crer em um movimento amplo de greve geral dos servidores a partir da paralisação dos professores da rede estadual, que já dura 26 dias sem nenhum tipo de avanço nas negociações para pôr fim ao movimento.

No Estado, mais duas categorias também ameaçam iniciar um movimento grevista, que são os servidores da Saúde e do Meio Ambiente (Sema). A reinvindicação é pela concessão da Revisão Geral Anual (RGA), que não incide nos salários dos trabalhadores há dois anos.

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“Ela [greve geral] vai piorar a arrecadação e a ineficiência do Estado ficar maior. Nós vamos irritar ainda mais o cidadão, porque ele depende do nosso serviço... Agora, eu não vejo esse ambiente. Sexta-feira [último dia 14] pelos nossos números apenas 5% dos servidores aderiu a esse chamado de greve geral, que foi feito a nível nacional aqui dentro do Estado”, disse o governador em conversa com a imprensa nesta semana.

“Ela [greve geral] vai piorar a arrecadação e a ineficiência do Estado ficar maior. Nós vamos irritar ainda mais o cidadão, porque ele depende do nosso serviço", disse o goverandor.

Para Mauro, o risco de greve geral é baixo pelo próprio desgaste do movimento dos professores, que segundo levantamento do Governo menos de 50% das escolas estaduais ainda permanece na paralisação.

“Toda semana temos várias escolas, principalmente do interior, que estão abortando o processo de greve e isso mostra que boa parte dos professores e dos profissionais da educação já compreendeu esses argumentos que são absolutamente verdadeiros”, disse o democrata ao ser referir sobre o estouro na Lei de Responsabilidade Fiscal, que impede de o Estado conceder aumento aos servidores.

"Eu não vejo esse ambiente. Sexta-feira [último dia 14] pelos nossos números apenas 5% dos servidores aderiu a esse chamado de greve geral, que foi feito a nível nacional aqui dentro do Estado”, avaliou.

“Não demos aumento porque primeiro é ilegal. Mudou isso de 15 dias para cá? Deixamos o estouro dos 49% da LRF? Não. A condição financeira do Estado melhorou nesses 15 dias? Não. Já estamos arrecadando milhões, mais do que nós gastamos? Não. Então o quê eu posso fazer?”, questionou.

Quanto às ameaças de greve dos servidores da Saúde e do Meio Ambiente, o secretário de Planejamento e Gestão, Basílio Bezerra disse que tem dialogado com as categorias e contornado a situação.

“É claro que a decisão de uma greve ou não depende do entendimento da base dos servidores. Mas pelo que senti na conversa com o sindicato eles compreenderam a dificuldade financeira do Estado”, destacou.  

O principal ponto da pauta que emperrou a negociação entre o Governo e o Sintep [Sindicado dos trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso] foi o não cumprimento da lei estadual da “Dobra do Poder de Compra” (510/2013), que equipara o salário dos profissionais da Educação às demais carreiras do executivo estadual, de mesmo nível. 

Na pauta de reinvindicação os professores também exigem condições de trabalho; infraestrutura das escolas; equipamentos pedagógicos; além da convocação para concurso público.

O procurou o presidente do Sintep, professor Valdeir Pereira, para repercutir a fala do governo sobre o suposto enfraquecimento do movimento grevista, mas até a publicação desta matéria Pereira não atendeu nem retornou a ligação para comentar o assunto.

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