Dilmar defende ‘faltosos’ e justifica que deputados tem agenda fora da Assembleia para cumprir

RepórterMT

Deputado argumentou que parlamentares têm outros compromissos urgentes, além do comparecimento nas sessões plenárias

KAROLLEN NADESKA
DA REDAÇÃO

O líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado estadual Dilmar Dal’Bosco (DEM) saiu em defesa dos colegas Xuxu Dal Molin (PSC) e Silvio Favero (PSL), que tiveram parte do salário e da verba indenizatória descontada por faltarem à sessão.

O democrata usou o argumento de que os parlamentares também necessitam cumprir agendas 'simultâneas' com o Governo do Estado e isso inviabiliza “muitas vezes” a presença em Plenário.

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“Como ocorreu na semana passada, em que dois colegas foram [a Lucas do Rio Verde-MT], não pela Casa, mas acompanhando oficialmente o governador”, justificou Dilmar ao lembrar que Xuxu e Favero acompanharam Mauro no Nortão e, por isso, não participaram da sessão.

Na avaliação do parlamentar, a determinação do corte de ponto por parte do presidente da Assembleia, deputado Eduardo Botelho (DEM), torna-se um impedimento para que outros compromissos sejam atendidos dentro das agendas de “última hora” estabelecidas pelos Poderes. Além disso, a presença no painel eletrônico pode justificar a ausência por algumas horas, em detrimento de uma convocação imediata dos chefes autárquicos.

“Vejo que tem momentos que a gente também tem compromisso e temos que se retirar. No momento que estou na votação e sou convocado para vir aqui [no Palácio Paiaguás]. Como líder tenho que me ausentar um pouco ali da sessão”, argumentou.

O corte

O presidente Eduardo Botelho determinou a suspensão dos pagamentos mensais em razão da falta de quórum após ele propor um mutirão para votar pautas consideradas urgentes na semana passada. Conforme Dilmar, o presidente teria tomado a decisão ao ser contrariado por causa das inúmeras faltas dos membros do colegiado nas últimas oito sessões plenárias.

“Muitas vezes um parlamentar não faz tanta diferença em uma votação. Lógico nós tivemos problema de quórum, isso que mais agravou ainda”, destacou. 

À imprensa, o líder do Governo afirmou que foi solicitado um prazo maior as comissões do Parlamento, para se colocar em segunda votação pautas pendentes, uma delas seria a Lei Orçamentária Anual.