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Cuiabá, 26 de Abril de 2024
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05 de Outubro de 2012, 09h:32 - A | A

OPINIÃO / JOSÉ RODRIGUES ROCHA JUNIOR

Os desafios para a juventude no atual contexto

JOSÉ RODRIGUES ROCHA JUNIOR



“A argila fundamental de nossa obra é a juventude. Nela depositamos todas as nossas esperanças e a preparamos para receber a bandeira de nossas mãos.” (Che Guevara)

A situação mundial atual é uma situação predominantemente tensa, seja no contexto social, político ou econômico. Estão todos sendo confrontados com assuntos de grande magnitude de importância e ligação com o todo.

Encontramo-nos em um cenário onde a abundância e livre acesso a informação transformaram o mundo em uma pequena comunidade. Cada cidadão tem participação intensa na realidade do outro, a milhares de quilômetros de distância. Contraditoriamente nos encontramos em um período de extrema alienação e introspecção do ser, uma época onde o individuo se sobrepõe ao todo, e ao conjunto.

A questão do jovem varia de acordo com o local, e sua cultura, mas na atualidade algumas questões tendem a ter uma similaridade que torna possível abranger a questão de forma mundial, uma realidade da comunidade humana e não somente uma questão brasileira ou mato-grossense.

A lei que permite que o  jovem tenha voto opcional a partir dos 16 anos, permite especular acerca da vontade do jovem de participar do processo eleitoral. Enquanto no passado se lutou pelo direito ao voto, o cidadão moderno não dá o mesmo valor a ele.

Infelizmente estamos assistindo a continuidade das gerações de analfabetos políticos, gerando por sua vez a continuidade de uma situação inercial política e econômica.

O analfabeto político não quer saber e não se adverte que tudo que o cerca tem a ver com a política.

As mensalidades e os métodos de ensino da sua escola ou sua faculdade, tem a ver diretamente com as decisões de políticas públicas, mas ele não quer saber.

Seus horizontes profissionais, seu futuro também tem relação direta com isto, mas ele continua não querendo saber.

O preço do ônibus, do peixe, do aluguel, dos remédios, tudo isto tem a ver com as decisões políticas, mas infelizmente o analfabeto político continua sem querer saber.

Em consequência, vemos tantos e tantos políticos despreparados eleitos pelos jovens, os mesmos que não querem saber, mas votam assim mesmo porque todos seus amiguinhos falaram que o tal candidato é bom.

Em resumo, quem no Brasil de hoje é desinteressado em política compromete seriamente seu próprio futuro.

É importante avaliar as causas deste processo de alienação e compreender se ele restringe-se ao contexto político, ou se expande-se às causas sociais em geral.

Existem vários motivos que podem estar causando o esfriamento da participação do jovem na política. Esses motivos vão variar de acordo com a vivência do cidadão, assim como a posição política do mesmo.

Os seguintes fatores se mostram como razões para a apatia: a possibilidade de mau funcionamento do sistema; inexistência de veracidade no seu discurso e no de seus participantes; e na crença de que a mudança desta maquina de corrupção não está dentro da realidade do povo.

O jovem moderno tem medo de não ter como se sustentar, de não ter emprego, de que seus estudos não sejam o suficiente para lhe garantir uma vida tranquila e independente de seus pais. Esse medo inibe o jovem de pensar em causas alheias, porque seu tempo e esforço têm de ser dedicado a si mesmo, seu futuro está em constante perigo de ser um fracasso.

O Governo de Mato Grosso prioriza o jovem, investe no presente, visa criar uma política voltada para a juventude. Como demonstrou a realização da 1ª Semana Estadual da Juventude, aconteceu de 13 a 17 de agosto, visando uma política pública juvenil articulada, permitindo a esta geração maior acesso a oportunidades.

A associação da política com a corrupção, com gente que não pensa no bem comum e desdenha a coisa pública. Percebo que o jovem começa a despertar para a participação política. Observe o número de parlamentares e prefeitos jovens eleitos nas últimas eleições. Temos que aproveitar a nossa experiência de vida e história, compartilhando comparações e bandeiras que devem ser desfraldadas. É preciso tocar no coração do jovem e a resposta virá! Acredito muito nisso!

*José Rodrigues Rocha Júnior é advogado, secretário Adjunto de Assistência Social de Setas/MT e presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e Adolescente.

A redação do RepórterMT não se responsabiliza pelos artigos e conceitos assinados, aos quais representam a opinião pessoal do autor.

 

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