CELLY SILVA
DA REDAÇÃO
Prevista para começar na tarde desta quarta-feira (8), a fase de instrução e julgamento do processo decorrente da operação Castelo de Areia, deflagrada pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Polícia Civil, pode ser adiado ou até mesmo desmembrado, a depender da decisão da juíza Selma Arruda, da 7ª Vara Criminal.
“Da minha parte, eu não posso fazer a audiência, eu pedi redesignação para a doutora. Hoje, a princípio, não pode ter audiência”, disse Godoy.
Isso porque o advogado Jorge Godoy, que atua nas defesas dos réus Walter Dias Magalhães Júnior e Shirlei Aparecida Matsuoka Arrabal, não poderá comparecer porque já havia sido intimado anteriormente para atuar em várias audiências ao longo do mês, no Tribunal do Júri.
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Na semana passada, ele chegou a procurar a magistrada pessoalmente para solicitar a redesignação das datas, mas a resposta só deve ser tomada no início da audiência desta quarta-feira, às 13h30, porque todas as demais partes já foram intimadas.
“Da minha parte, eu não posso fazer a audiência, eu pedi redesignação para a doutora. Hoje, a princípio, não pode ter audiência”, disse Godoy ao .
No entanto, o advogado explica que também existe a possibilidade do processo ser desmembrado, retirando os réus que ele representa e seguindo normalmente em relação aos outros.
“É bem provável que desmembre só o Walter e a Shirlei porque eu sou defensor dos dois. Eu não posso estar participando dos outros, então ela desmembra para que aquele processo continue e depois ela continua nesse para que não haja prejuízo”, afirmou Godoy.
Divulgação
Shirlei Aparecida e Walter Dias figuravam como donos do Grupo Soy.
Walter Dias e Shirlei Aparecida são apontados como comparsas do ex-vereador João Emanuel no suposto esquema de estelionato promovido por meio do Grupo Soy e que teria movimentado mais de R$ 50 milhões.
De acordo com o advogado do casal, existe um pedido de habeas corpus pendente em relação a Walter, que também pode ser um motivo para o desmembramento do processo, uma vez que João Emanuel continuando preso, ele teria prioridade no andamento. Mas a juíza Selma Arruda ainda não se manifestou sobre a soltura de Walter.
“É bem provável que desmembre o processo porque o João Emanuel é preso e o Walter é bem provável que seja solto porque lá atrás ele conseguiu o HC pela fiança, mas houve um equívoco no cartório. Agora, o tabelião fez corretamente e nós já apresentamos isso à juíza e eu estou aguardando a juíza se manifestar sobre os documentos novos que juntamos. Ou ela decide e solta, ou ela vai abrir vistas para o Ministério Público primeiro”, explicou Godoy.
Caso a magistrada decida pela manutenção da audiência nesta quarta-feira, deverão ser ouvidas as vítimas dos golpes aplicados pelos membros do Grupo Soy. Tratam-se de pessoas que afirmam ser empresários, agricultores e investidores que teriam entregado cheques milionários aos réus, com a promessa de receber recursos de um banco chinês fictício para financiar obras e projetos privados.
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