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Cuiabá, 25 de Abril de 2024
25 de Abril de 2024

25 de Janeiro de 2017, 10h:55 - A | A

PODERES / GRUPO SOY

Comparsa de ex-vereador em estelionato está foragido há 5 meses

Mauro Chen Guo Quin está na lista de procurados no país, segundo a GCCO; esquema envolve ex-presidente da Câmara, João Emanuel

DA REDAÇÃO



A Justiça de Mato Grosso está à procura do comerciante chinês Mauro Chen Guo Quin, há cinco meses.

Ele é acusado de integrar um de esquema de estelionato, por meio do Grupo Soy, que está é investigado pela Operação Castelo de Areia.

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Essa ação policial prendeu, no ano passado, o ex-presidente da Câmara Municopal de Cuiabá, João Emanuel. O ex-vereador cumpre pena de 18 anos, em regime fechado, por crime de corrupção.

Segundo o delegado da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Polícia Judiciária Civil, Diogo Santana, o nome de Chen já consta na lista nacional de procurados.

“Tentamos localizá-lo nos endereços fornecidos, mas não houve sucesso. Enquanto ele não for interrogado, é considerado foragido”, disse o delegado.

A Polícia procura o comerciante porque ele deixou de cumprir uma decisão judicial,  que determina o seu monitoramento eletrônico.

“Se ele for abordado, será conduzido para a presença do juiz para colocar tornozeleira e ser interrogado”, afirmou Santana.

Mesmo diante do sumiço de Chen,  que mora em São Paulo, ele não deve ter a prisão decretada por estar foragido.

“Depende da Justiça. Só [será preso] se o juiz entender que há necessidade da prisão preventiva porque o inquérito foi concluído, relatado e já virou um processo”, disse.

Estelionato

Segundo a denúncia formaluda pelo Ministério Público Estadual, por meio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), a organização criminosa captava recursos financeiros, por meio de um falso banco estrangeiro.

Eles solicitavam um adiantamento em dinheiro para realizarem empréstimos com juros abaixo do mercado.

Somente de uma das vítimas, os integrantes do esquema conseguiram roubar quase R$ 50 milhões, segundo o Gaeco.

A regra dos acusados era que a vítima disponibilizasse 40 folhas de cheques como garantia do negócio e, com isso, o empresário teria lucro de até R$ 170 milhões.

Algumas das vítimas chegarm a a pagar até R$ 400 mil como adiantamento do empréstimo, mas, no final, não tiveram retorno.

"Castelo de Areia"

 O ex-vereador João Emanuel recebeu o mandado de prisão no dia 26 de agosto, enquanto se recuperava de um procedimento cirúrgico, no Hospital Santa Rosa, em Cuiabá.

Já no dia 28, ele conseguiu o benefício de prisão domiciliar, alegando necessidades de tratamento de saúde.

Conforme investigações, as fraudes eram aplicadas por meio do Grupo Soy, que, conforme alegou depois, o ex-vereador, que só prestaria "assessoria jurídica".

Informações da Polícia Civil dão conta que os crimes teriam ocorrido em várias parte do país, além de Cuiabá, onde cerca de 20 pessoas podem ter sido vítimas.

Segundo o Gaeco, o ex-vereador ainda fingia ser intérprete de Mauro Chen Guo Quin

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