facebook-icon-color.png instagram-icon-color.png twitter-icon-color.png youtube-icon-color.png tiktok-icon-color.png
Cuiabá, 26 de Abril de 2024
26 de Abril de 2024

08 de Novembro de 2019, 08h:41 - A | A

ESPORTES / SAÚDE E BEM ESTAR

Atividade física reduz risco de fraturas em mulheres após a menopausa

Estudo da Universidade de Buffalo, nos Estados Unidos, afirma que mesmo exercícios leves, como caminhadas, fazem toda a diferença. Médico do esporte explica

GLOBO ESPORTE



Praticar exercícios físicos regularmente, incluindo atividades leves como caminhadas, reduz o risco de fraturas, especialmente de quadril, em mulheres após a menopausa. É o que afirma um novo estudo da Universidade de Buffalo, nos Estados Unidos, publicado no periódico científico Journal of the American Medical Association (JAMA), que acompanhou 77 mil mulheres durante 14 anos. Entre elas, 33% sofreram ao menos uma fratura. Mas as que praticavam exercícios regulares apresentaram um risco 18% menor de fraturas de quadril e 6% menor de fraturas em geral.

Médico do esporte, endocrinologista e colunista do EU Atleta, Guilherme Renke comenta que o estudo reafirma o que outras pesquisas já apontavam, mas trazendo novas e importantes evidências. Renke explica que o osso é vivo, sofre anabolismo (construção e formação) e catabolismo (degradação). Após a menopausa, o catabolismo é ampliado porque o organismo da mulher para de produzir o estrogênio, que é um hormônio importante para o anabolismo, que estimula a produção óssea. Com isso, aumenta o risco de osteoporose, doença caracterizada pela perda da massa óssea e que acomete 200 milhões de mulheres no mundo, deixando seus ossos frágeis e mais sujeitos a fraturas.

A atividade física entra em cena justamente por ser capaz de estimular a produção de outros hormônios que ajudam na construção óssea, o que explica o papel do exercício como fator protetor em relação a problemas ósseos em mulheres na pós-menopausa.

- O exercício aumenta fatores que estimulam a produção de massa óssea, como o IGF-1, uma proteína produzida no fígado estimulada pelo hormônio de crescimento (GH); o próprio, GH, que é produzido pela hipófise; o GLP-1; e hormônios andrógenos, como testosterona, sulfato de dhea e di-hidrotestosterona - enumera.

Hormônios estimulados pelas atividades físicas que ajudam na construção óssea:

  1. IGF-1
  2. GH
  3. GLP-1
  4. Hormônios andrógenos, como testosterona, sulfato de dhea e di-hidrotestosterona
  5. Vitamina D e reposição hormonal
 

Guilherme comenta que qualquer atividade física é boa, mas que exercícios de resistência como musculação, pilates e yoga são ainda mais efetivos nesse caso. Além disso, praticar atividades ao ar livre tem uma vantagem adicional: a exposição ao sol, fundamental para a síntese de vitamina D, importante co-fator para o anabolismo ósseo, no organismo.

Comente esta notícia