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Cuiabá, 26 de Abril de 2024
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24 de Julho de 2016, 23h:00 - A | A

GERAL / ABUSO SEXUAL

Vítimas perdem medo e denúncias podem fazer casos de pedofilia caírem no estado

A Deddica, segundo Botelho, investiga mais de 1 mil casos anuais envolvendo a prática de pedofilia em MT.

FRANCISCO BORGES
DA REDAÇÃO



O titular da Delegacia de Defesa dos Direitos da Criança (Deddica), delegado Eduardo Botelho, revelou que o número de casos envolvendo a prática de pedofilia em Mato Grosso vem crescendo anualmente a uma porcentagem de até 5%. Porém, o número tende a cair com o alto volume de denúncias que são feitas, de maneira crescente, por conta do espaço cada vez maior que a mídia vem dando nos últimos tempos a essa prática criminosa. A Deddica, segundo Botelho, investiga mais de 1 mil casos anuais envolvendo a prática de pedofilia em Mato Grosso.

Exitem basicamente quatro tipos de “grupos” que incorrem no mesmo crime de pedofilia. São eles: os que tem células no Estado com ligação a outros países; os que tem células em Mato Grosso com ligação a outros Estados; os de células independentes (que são somente dentro do Estado); e os casos isolados. Paralelo a isso, ainda existem os casos de pedofilia na internet, conforme descoberto com apreensão de computadores em diversas operações policiais.    

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Um breve levantamento feito pela reportagem apontou que os casos mais graves são os que as crianças são raptadas e levadas para fora do Brasil para ficarem submetidas a prática sexual de pedófilos até a fase adulta.

Um breve levantamento feito pelo  apontou que os casos mais graves são os que as crianças são raptadas e levadas para fora do Brasil para ficarem submetidas a prática sexual de pedófilos até a fase adulta. Elas são dadas como desaparecidas e dificilmente são encontradas, mesmo com a intensificação dos trabalhos da Deddica em conjunto com o Núcleo de Pessoas Desaparecidas da Polícia Judiciária Civil.

“O que tem aumentado é o número de pessoas que vem divulgando essa prática de crime na mídia. Acho que as pessoas estão se sentindo mais encorajadas a noticiar isso, e isso acaba por ter mais espaço na imprensa o que é bom, porque inibe de certa forma esses crimes. O espaço na mídia das operações que estão sendo feitas ajuda a combater o crime e muito”, disse o delegado Botelho à reportagem.

O caso mais recente, por exemplo, sobre uma menina peruana, de 7 anos, Botelho classifica como um fato isolado. Segundo ele, as investigações indicam que o pedófilo não tem ligação com ninguém e que escolheu a vítima de forma aleatória. “Por exemplo, no caso da menina peruana o criminoso acabou escolhendo ela aleatoriamente, pela facilidade que ele encontrou. Nesse caso em específico não existe indícios de nada [rede de pedofilia], mas ainda assim é um caso grave. As investigações só avançaram mais graças as denúncias”, completou.

O delegado pede que se alguém souber de casos parecidos que entre em contato com a PJC pelos telefones: (65) 3613-6981 ou pelo 197.  

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