RAUL BRADOCK
DA REDAÇÃO
O motorista Odnilton Gonçalo Carvalho Campos, apontado pela Polícia Civil como participante no assalto que aconteceu na casa da deputada Janaína Riva (MDB), já havia sido preso pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado) na Operação Metástase, em 2015 – mesma operação em que o ex-deputado José Geraldo Riva foi preso por desvio de R$ 1,7 milhão da Assembleia Legislativa de Mato Grosso.
Janaína teve a casa invadida por bandidos na madrugada de 24 de dezembro. Ela estava com o marido, Diógenes Fagundes, filho do senador Wellington Fagundes. Os bandidos levaram R$ 42 mil em espécie. Em 6 de janeiro a Polícia Civil deflagrou a Operação Judas Iscariotes, que teve Odnilton como um dos alvos.
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No caso da Metástase, deflagrada pelo Gaeco em 23 de setembro de 2015, Odnilton Gonçalo foi um dos 22 alvos da operação e ficou foragido por três dias. Quando se apresentou à Justiça, alegou ter passado por cirurgia. O servidor ficou preso por apenas três dias.
O objetivo da operação era coletar provas e identificar lideranças responsáveis por desvios milionários na Assembleia. No mês seguinte, José Geraldo Riva foi preso.
Conforme apurado pelo 
, a denúncia do Gaeco aponta que José Riva e as lideranças de seu gabinete desviaram quase R$ 1,7 milhão (documentos encontrados). Para isso, eles usavam servidores lotados na Assembleia, como Odnilton, para compor o esquema.
“Aduz o Ministério Público na exordial que, formatada a organização criminosa, com clara divisão de tarefas, entre os anos de 2010 e 2014, os denunciados JOSÉ GERALDO RIVA, [...] apropriaram-se, por centenas de vezes, em continuidade delitiva, em proveito próprio e alheio, dinheiro público que tinham posse em razão do cargo ocupado, no montante de R$ 1.788.456,61. Tal valor seria apenas parte do desvio perpetrado, eis que somente parte dos documentos relacionados aos crimes praticados foi localizada e analisada pelo GAECO”.
A denúncia destaca, ainda, que o papel de Odnilton na organização criminosa era atestar contas fictícias, receber mercadorias fictícias, entre outros, com a participação de outros servidores.
“Ainda, para que o objetivo criminoso fosse alcançado, no mesmo período, determinaram aos denunciados [...] ODNILTON GONÇALO CARVALHO CAMPOS [...] que atestassem falsamente o recebimento de mercadorias, bem como assinassem prestações de contas fictícias, fazendo inserir declaração falsa da que devia ser escrita em documentos públicos, com o fim de criar obrigação e alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante”, consta nos autos do processo.
Odnilton, mesmo após a prisão com José Riva, ainda estava atuando na Assembleia Legislativa, lotado no gabinete da filha, deputada Janaína Riva. Em dezembro, ele recebeu salário superior a R$ 12 mil.
Nova prisão
A nova prisão do motorista aconteceu após a Polícia Civil deflagrar a Operação Judas Iscariotes. Policiais da Delegacia de Roubos e Furtos de Cuiabá cumpriram nove ordens judiciais, sendo cinco de prisão, incluindo a de Odnilton.
Ainda em dezembro, na situação de flagrante, a Polícia Militar conseguiu prender pelo assalto: Weslei Tiago Arruda da Silva, 24 anos, e Edivaldo Manoel Santana, 35, que invadiram a casa de Janaína, Leidiane Santana de Arruda, 27, e Mírian Maíra da Silva, 20 anos.
João da Costa 08/01/2020
Fica a impressão de que foi um simulação com objetivo calculado a começar pela lata quantia em dinheiro guardado na casa e outra um dos autores do suposto crime já é segundo a polícia reincidente e homem de confiança da família, parece que tem muito caroço nesse angu.
1 comentários