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Cuiabá, 06 de Maio de 2024
06 de Maio de 2024

29 de Maio de 2016, 10h:25 - A | A

GERAL / VEJA VÍDEO

Máquina de estimulação magnética é 'arma' de psiquiatras no combate à depressão

Pacientes que lutam contra esta doença de difícil tratamento ganham essa nova esperança. Nesta entrevista, o médico relata como funciona o tratamento.

KEKA WERNECK
DA REDAÇÃO



A depressão é uma doença de difícil tratamento, biopsicossocial – ou seja, tem causas genéticas, psicológicas e sociais – e é historicamente combatida com medicamentos, os chamados antidepressivos. Acontece que cerca de 40% dos pacientes não respondem bem a eles e os que respondem costumam sofrer com os efeitos colaterais, tais como dores de cabeça, perda de libido, sonolência e ganho de peso, por exemplo. É por isso que a máquina de estimulação magnética está sendo muito bem recebida por quem já está cansado de lidar com essa tristeza profunda, que atinge 10% da população mundial, e os impactos do tratamento medicamentoso.

“Uma paciente minha estava muito deprimida, após perder o marido e ficar com os filhos. Após as dez primeiras sessões, ela já estava outra. Voltou ao trabalho, melhorou muito”, exemplifica o médico.

Quem atua com este aparelho em Cuiabá é o psiquiatra Mário Vinícios Martello e ele assegura que o tratamento com estimulação magnética eleva para 70% as chances dos pacientes em ter um bom resultado.

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A estimulação é para alcançar a região cerebral relacionada com as emoções e o raciocínio humano.

No primeiro mês de tratamento, ele propõe 20 sessões, que depois vão diminuindo, dentro de um período de seis a nove meses de tratamento.

“Tratar a depressão é bem difícil, é, em geral, um desafio”, ressalta o especialista, lembrando que este aparelho é uma nova esperança aos que sofrem desta doença.

O procedimento não causa dor nem desconforto. São 20 minutos em uma poltrona e usando uma toca transmissora.

“Uma paciente minha estava muito deprimida, após perder o marido e ficar com os filhos. Após as dez primeiras sessões, ela já estava outra. Voltou ao trabalho, melhorou muito”, exemplifica o médico.

Ele ressalta que não se trata de eletrochoques, que já foram usados pela psiquiatria agressiva dos anos 60 e 70. A máquina de estimulação magnética não destrói neurónios. “Pelo contrário, ela atua de forma pontual, diferente dos medicamentos antidepressivos que ficam circulando no corpo todo, provocando efeitos colateriais, por isso o tratamento com a máquina é mais seguro e praticamente isento de efeitos colaterais, o que a pessoa pode ter é uma dor de cabeça, que passa facilmente”, assegura Martello.

Foi em São Paulo que ele se qualificou para trabalhar com esta inovação, de origem europeia, validada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Em Mato Grosso, há seis meses vem tentando popularizar o tratamento que ainda é muito caro. Uma sessão custa R$ 350 e, fora do atendimento particular, somente podem ter acesso clientes de planos privados, que reivindiquem seus direitos na Justiça.

O psiquiatra Mário Martello diz que, embora sua intenção seja difundir o método, não conseguiu respaldo no Sistema Único de Saúde em Mato Grosso.

“Tratar a depressão é bem difícil, é, em geral, um desafio”, ressalta o especialista, lembrando que este aparelho é uma nova esperança aos que sofrem desta doença.

 

CONFIRA O VÍDEO EM QUE ELE EXPLICA O MÉTODO ANTIDEPRESSIVO

 

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