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Cuiabá, 26 de Abril de 2024
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17 de Junho de 2018, 15h:40 - A | A

GERAL / ACUSADA DE TORTURA

Ledur pode ser aposentada por invalidez após dois anos de atestados

Em março, Ledur completou 1 ano em licença média. Lei permite que militares permaneçam até 2 anos em tal situação.

RAUL BRADOCK
DA REDAÇÃO



A tenente Izadora Ledur de Souza Dechamps tem até 20 de março de 2020 para permanecer afastada por atestado médico sem que seja aposentada por invalidez. Ela é acusada de torturar o aluno bombeiro Rodrigo Claro, morto em novembro de 2016 após seguidos afogamentos em treinamento realizado na Lagoa Trevisan, em Cuiabá.

A ‘agregação’ da tenente foi publicada pelo comandante geral do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso, no Diário Oficial que circulou na sexta-feira (15).

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Conforme a publicação, em 20 de março deste ano, completou 1 ano que a tenente está em licença médica.

“Art. 3º Determinar que a Seção de Controle e Movimentação de Pessoal/BM-1, observe o prazo de agregação prescrito no Art. 150, inciso III da Lei Complementar nº 555 de 29 de dezembro de 2014, para instrução do processo de reforma por invalidez, caso seja completado mais de 02 (dois) anos contínuos de agregação, observando os demais requisitos legais”, conta na publicação.

RepórterMT/Reprodução

Rodrigo Claro

Rodrigo Claro morreu após afogamentos induzidos na Lagoa trevisan.

“A partir da data da agregação, começa a contar um prazo de dois anos. Se o militar permanecer esse tempo agregado, ele entra no processo de reforma, no caso de licença para tratamento de saúde, ela é aposentada por invalidez”, explicou o tenente Barros.

O artigo 150, em seu inciso III, salienta que o militar será passado para a inatividade, mediante reforma se “estiver agregado por mais de 02 (dois) anos ininterruptos por ter sido julgado incapaz temporariamente, mediante homologação da perícia médica estadual, ainda que se trate de moléstia curável”, como no caso de Ledur.

Desde a época dos fatos, a tenente Izadora Ledur tem apresentado dezenas de atestados médicos alegando problemas de saúde.

A Associação dos Oficiais da Polícia e Bombeiro Militar de Mato Grosso (Assof-MT) alega que todas as licenças requeridas pela tenente são para tratamento psicológico, pois ela estaria em depressão profunda devido ao processo.

“A partir da data da agregação, começa a contar um prazo de dois anos. Se o militar permanecer esse tempo agregado, ele entra no processo de reforma, no caso de licença para tratamento de saúde, ela é aposentada por invalidez”, explicou o tenente Barros, ao .

O processo que trata do caso da morte do aluno bombeiro tramita atualmente na 11ª Vara Militar.

O caso

Rodrigo Claro era aluno do 16º Curso de Formação de Soldado Bombeiro do Estado de Mato Grosso e morreu no dia 15 de novembro de 2016. Ele passou mal durante aula prática de primeiros-socorros aquáticos na Lagoa Trevisan, em Cuiabá, quando a tenente Izadora Ledur atuava como instrutora.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, a vítima demonstrou dificuldade para desenvolver atividades como flutuação, nado livre e outros exercícios. Diante da situação, a tenente utilizava métodos abusivos nos treinamentos para puni-lo.

Depoimentos colhidos durante a audiência indicam que Rodrigo foi submetido a intenso sofrimento físico e mental. O MPE denunciou o "perfil perverso da tenente como instrutora".

Recentemente, o ex-aluno bombeiro Maurício Santos, que participou do 15º curso de Formação do Corpo de Bombeiros, afirmou ter sido torturado pela tenente Izadora Ledur. Maurício afirmou que estaria morto caso não tivesse desistido das aulas.

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Comente esta notícia

JOAQUIM CUIABANO 18/06/2018

Será que irá aposentar com salário integral? Será que você irá conseguir sobreviver com sua consciência sabendo que torturou até a morte um jovem humilde que tinha tudo pra dá uma vida melhor pra seus pais? Será que se fosse do seu nível financeiro e de família tradicional você teria torturado até a morte? Pense e repense no que estou lhe perguntando.

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Manoel Messias dos Anjos 18/06/2018

Deus está no comando de tudo e a única justiça que não falha é a de Deus. Esperem e confiem.

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Claudio 18/06/2018

Certo, porém ainda tem um crime para responder ou seja assassinado por tortura além de torturadora essa pessoa vai ser contemplada com aposentadoria kkkkkkkkk vixe como o crime realmente compensa nesse pais de merda lixo ...lixo...lixo...

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Indignado 17/06/2018

Logo ela que era contra atestado medico dentro da tropa. Pessoal fala que não podia os soldados ou aluno apresentar atestado, que o bicho comia e, sima do praça. Sera que se ela não tivesse no banco do réu, ela teria apresentado tanto atestado?

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4 comentários

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