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Cuiabá, 08 de Maio de 2024
08 de Maio de 2024

17 de Outubro de 2021, 12h:10 - A | A

GERAL / MAIS DE TRÊS ANOS DEPOIS

Justiça marca audiência com médica que atropelou e matou verdureiro

A audiência deve ser realizada de forma presencial em 2 de dezembro

CAMILLA ZENI
DA REDAÇÃO



O juiz Flávio Miraglia Fernandes, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, marcou para 2 de dezembro a audiência de instrução no processo em que a médica Letícia Bortolini pode ser sentenciada ao júri pela morte do verdureiro Francisco Lucio Maia. A decisão é dessa quarta-feira (13).

De acordo com o magistrado, após novo laudo da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), nem Ministério Público Estadual (MPE) e nem a defesa da acusada se manifestaram, de forma que ficou autorizado o prosseguimento da ação.

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A audiência deve ser realizada de forma presencial, na parte da tarde. Entretanto, o MPE e a defesa da médica podem optar pela videoconferência, sendo que o pedido deve ser feito com antecedência. 

Em razão da acusação de homicídio qualificado, considerado crime hediondo, Letícia Bortolini pode ser sentenciada ao Tribunal do Júri, que se trata do julgamento popular.

O caso

Na noite de 14 de abril de 2018, ao deixar uma festa com o marido Letícia atropelou e matou o verdureiro Francisco Lucio Maia na Avenida Miguel Sutil, em Cuiabá.

Imagens do local registraram o momento em que o trabalhador, empurrando um carrinho de verduras, tentava subir para o canteiro central da pista quando foi atingido pelo veículo da médica, um Jeep Compass.

As investigações da Polícia Civil apontaram que Letícia dirigiu sob efeito de álcool e não parou para prestar socorro ao trabalhador, que morreu no local. A médica foi encontrada pouco depois, em sua casa, no Bairro Jardim Itália, ainda em estado de embriaguez.

A médica foi denunciada pelo MPE em setembro de 2018 pelos crimes de homicídio doloso (quando há a intenção de matar), omissão de socorro, condução sob embriaguez e por se afastar do local para fugir da responsabilidade.

Além disso, Letícia chegou a responder uma sindicância no Conselho Regional de Medicina, mas as audiências foram constantemente adiadas. Até o momento, não há confirmação de que a médica tenha tido o registro cassado.

Letícia também chegou a ser presa depois do acidente, mas foi liberada em seguida e, desde então, responde em liberdade.

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