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Cuiabá, 19 de Maio de 2024
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11 de Janeiro de 2017, 10h:50 - A | A

GERAL / CARNAVAL 2017

Enredo de escola de samba do RJ revolta classe produtora de MT

Imperatriz Leopoldinense homenageia o Parque do Xingu; entidades afirmam que a abordagem denigre o setor do agronegócio

RAFAEL DE SOUSA
DA REDAÇÃO



A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) - entidade que representa a pecuária de corte no Estado - criticou o samba-enredo da Escola Imperatriz Leopodinense, que homenageia os índios do Parque Indígena do Xingu, em Mato Grosso, mas critica duramente o agronegócio.

Segundo o presidente da Acrimat, Marco Túlio Duarte, a escola coloca agricultores e pecuaristas na condição de culpados pelas eventuais “mazelas” vividas pelos indígenas.

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“Os milhões de brasileiros que atuam na agropecuária sentiram-se atingidos pela ignorância da Imperatriz que, nesses quesitos, denigre a importância do setor produtivo. Os resultados do campo são inquestionáveis e estão presentes todos os dias na mesa, também, dos dirigentes, sambistas, passistas e de todas as alas”, diz trecho da nota.

A nota afirma que o agronegócio sempre respeitou as reservas, o espaço e a cultura dos povos indígenas.

“Em Mato Grosso 61%, das áreas são preservadas, conciliando sustentabilidade econômica e ambiental. Garantindo a liderança na produção agrícola e o maior rebanho bovino do Brasil”, completa.

Associação Brasileira dos Produtores de Sementes de Soja (Abrass) e Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat) afirmaram que o segmento produtivo de soja “não pode fechar os olhos para as inverdades que o enredo cita”.

O Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS) afirmou que o país ainda escapa de uma “recessão maior” por causa do agronegóio, se referindo à crise econômica.

Enredo

As alas da escola de samba do Rio de Janeiro que que mais causam polêmicas são: “Fazendeiros e seus agrotóxicos”; "Pragas e doenças” e “A chegada dos invasores” – refletindo uma teoria histórica recente de que o Brasil não foi descoberto, mas "invadido" pelos portugueses no século XVI.

Sobre o agronegócio, chamado de “o belo monstro”, o samba diz que “sangra o coração do meu Brasil, o belo monstro rouba as terras dos seus filhos, devora as matas e seca os rios. Tanta riqueza que a cobiça destruiu”.

Haverá também uma ala chamada “Os olhos da cobiça”. A letra causou revolta em vários setores do agronegócio. (Ouça o samba-enrendo AQUI ).

Confira a íntegra da nota da Acrimat:

"A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), entidade que representa a pecuária de corte no Estado, repudia a atitude da Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense, no que diz respeito ao enredo, alas e fantasias do carnaval de 2017 no Rio de Janeiro, que entende como impróprios e irresponsáveis ao tratar o agronegócio como culpado por eventuais mazelas vividas pelos indígenas.

Os milhões de brasileiros que atuam na agropecuária sentiram-se atingidos pela ignorância da Imperatriz que, nesses quesitos, denigre a importância do setor produtivo.

Os resultados do campo são inquestionáveis e estão presentes todos os dias na mesa, também, dos dirigentes, sambistas, passistas e de todas as alas dessa escola de samba.

A associação crê que não existe outra forma de sintetizar proteínas que não seja pela utilização da terra, da água e do sol, portanto a agropecuária continuará sendo a atividade mais importante para a sobrevivência da humanidade.

Em Mato Grosso, 61% das áreas são preservadas, conciliando sustentabilidade econômica e ambiental. Garantindo a liderança na produção agrícola e o maior rebanho bovino do Brasil, respeitando as reservas, o espaço e a cultura dos povos indígenas.

A Acrimat espera que o Estado brasileiro cumpra suas obrigações constitucionais, defendendo toda sua população, enquanto o agronegócio continuará produzindo proteínas animais e vegetais para que o Brasil perenize a oferta de alimentos em quantidade e qualidade necessária à continuidade da vida. Marco Túlio Duarte Soares Presidente da Acrimat.

Marco Túlio Duarte

Presidente da Acrimat"

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Comente esta notícia

JEFERSON MATOS 11/01/2017

E quem é que tá financiando esse chanchada que é o carnaval dessa escola aí? A FUNAI? Alguma ONG estrangeira? Só pode ser isso... Tem terra demais pra esses índios e ainda reclamam que eles são mal tratados?

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Galileu 11/01/2017

Sugestão, pode pegar a experiência do Galindo com a Escola de Samba Mangueira. Ele é expert nisso.Quem sambou foi o povo Cuiabano. Pior que nenhum vereador manifestou. Alguns desses vereadores, por questões inconfessáveis foram reeleitos.

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2 comentários

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