DA REDAÇÃO
As forças de segurança do Governo do Estado conseguiram conter a rebelião em parte da Penitenciária Dr. Osvaldo Florentino Leite Ferreira, conhecida como 'Ferrugem', em Sinop (distante 500 km de Cuiabá). De acordo com a Secretaria de Justiça e Direitos HUmanos (Sejudh), até o momento, já foram confirmadas cinco mortes de detentos em confrontos entre os próprios, e a identificação já começou a ser feita pela Perícia Oficial Técnica (Politec).
Os presos que ainda permanecem rebelados estão concentrados em duas alas e todo o restante da unidade prisional está isolado, sem risco de fuga dos detentos.
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Com a contenção, o comitê de crise criado pelas Forças de Segurança iniciou as negociações para encerrar a rebelião. Representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ministério Público Estadual (MPE), Poder Judiciário e imprensa participam do comitê.
Os secretários de Estado de Justiça e Direitos Humanos, Airton Siqueira, e de Segurança Pública, Rogers Jarbas, estão no local acompanhando os trabalhos para dar fim à rebelião.
Agentes do Serviço de Operações Penitenciárias Especializadas (SOE), da Ronda Ostensiva Tática Móvel (Rotam), Força Tática, Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros também participam da ação no presídio.
Na manhã desta terça-feira (11), presos ocuparam os raios Laranja e Amarelo da unidade prisional. De acordo com informações da Sejudh, nenhum dos detentos mortos, foi identificado até o momento. Presos que ficaram feridos foram socorridos e encaminhados a unidades de saúde local.
Atualizada às 15 horas
As forças de segurança pública de Mato Grosso já estão prontas para fazer a incursão para retomada do controle da penitenciária. De acordo com o governo do Estado, a reocupação, será pacífica e não deverá encontrar resistência dos amotinados.
O acordo para a reocupação pacífica está sendo negociado desde as primeiras horas da manhã pelo Comitê de Crise local, conduzido pelo tenente coronel Hector Péricles de Castro, do Corpo de Bombeiros, sob a supervisão dos secretários de Justiça e Direitos Humanos, coronel Airton Siqueira, e de Segurança Pública, Rogers Jarbas.
Neste momento, estão na penitenciária Agentes do Serviço de Operações Penitenciárias Especializadas (SOE), da Ronda Ostensiva Tática Móvel (Rotam) e a Força Tática da PM.
A rebelião iniciou no final da madrugada e começo da manhã desta terça-feira, com a ocupação de dois raios da unidade prisional por cerca de 240 detentos.
Nenhum agente prisional ou servidor público ficaram feridos. Alguns detentos feridos nos confrontos entre os presos foram socorridos e encaminhados a unidades de saúde local.
Desde a metade da manhã as forças de segurança tomaram a área externa da penitenciária, o que garante a segurança da população e impede que haja fuga do presídio.
Atualizada às 16h30
De acordo com a Politec, quatro dos presidiários já foram identificados. Trata-se de Reginaldo Agostinho, que respondia pelo crime de tráfico de drogas; Bruno Aparecido Bezerra, que foi preso por roubo; Marcelo Viturião Carvalho, preso por latrocínio; e Isauro Pedro Gonçalves, que respondia por estupro.
Isauro, segundo a Sejudh, sofreu um infarto durante a rebelião. Ele chegou a ser socorrido por uma equipe do Corpo de Bombeiros mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Os corpos dos detentos estão no Instituto Médico Legal (IML) de Sinop. Um ainda não foi identificado.
ATENÇÃO! IMAGENS FORTES
JEFERSON MATOS 11/04/2017
Isso representa a falência do Estado. Podem dizer: pelo menos estão se matando. Mas o presídio era pra teoricamente 'recuperar o ser humano', mas não é isso que acontece.Ócio em que eles vivem lá dentro e a facilidade com que arma entram são os grande culpados.
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