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Cuiabá, 26 de Abril de 2024
26 de Abril de 2024

28 de Janeiro de 2015, 20h:27 - A | A

POLÍCIA / ÔNIBUS QUEIMADOS

Polícia não descarta que incêndios tenham relação com dinheiro de seguro

Todos os veículos atingidos são da Norte Sul. Empresa, que está mal financeiramente, assegura que isso não faz sentido

DA REDAÇÃO



O delegado titular da Delegacia Regional de Cuiabá, Walfrido Nascimento, afirmou ao RepórterMT que, mediante o mistério em torno dos incêndios de dois ônibus na região do Pedra 90, uma força tarefa das inteligências que compõem a segurança pública de Mato Grosso está investigando se procedem todas as vertentes possíveis sobre o caso.

Já foram incendiados dois ônibus, na segunda-feira (26) e na terça (27) e a PM, que está fazendo rondas ostensivas na área, conseguiu evitar o terceiro atentado na tarde desta quarta-feira (28).

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Questionado se uma das linhas de investigação seria a hipótese da empresa Expresso Norte Sul estar em estado de pré-falência e que teria incendiado os próprios veículos para acionar seguro, o delegado diz apenas que: “As investigações estão sendo feitas, só isso que posso afirmar. Nós estamos investigando. Eu não posso precisar exatamente que informações estamos recebendo. Isso compõe o inquérito”.

A Norte Sul Transportes  é uma das três concessionárias do serviço na capital mato-grossense.

No último programa Conexão Poder, o procurador geral da Prefeitura de Cuiabá, Rogério Gallo, enquanto tratava sobre os problemas no setor de transporte coletivo, disse que a empresa está mal financeiramente. “Essa empresa tem uma situação bastante complicada, uma situação financeira delicada e tem muitas dívidas”.

A empresa, através da Assessoria de Imprensa da Associação Mato-grossense dos Transportadores Urbanos (AMTU), que representa todas as concessionárias do setor, afirmou que não tem seguro por carro e, no caso dos incêndios, está arcando com 100% dos prejuízos. Todos os veículos incendiados tiveram perda total.

A AMTU assegurou ainda que não só a Norte Sul mas as três empresas que prestam o serviço municipal estão em situação financeira complicada, “em função de reajustes abaixo do que foi calculado nas planilhas nos anos anteriores”.

A AMTU diz ainda que normalmente “os seguros não aceitam contratos com empresas de ônibus porque os carros estão sempre em situação de vulnerabilidade, trafegam demais e estragam muito fácil por conta das péssimas condições de infraestrutura das cidades”.

Inicialmente a Polícia Militar disse à imprensa que o incêndio poderia ter relação com o aumento da tarifa, em vigor desde segunda-feira. O passe ficou mais caro. Subiu de R$ 2,80 para R$ 3,10. Mas o movimento que articula a reação popular contra o aumento, que inclusive marcou protesto para às 17 horas nesta quarta-feira, na praça Ipiranga, nega qualquer envolvimento com os incêndios.

A autoria dos atentados poderia ser também de quadrilha organizada e essa vertente leva em conta o modo como o bando atua. Tanto segunda-feira à noite, quanto terça, três homens encapuzados entraram , fortemente armados, no coletivo, mandaram todo mundo descer e em seguida atearam fogo no veículo, fugindo de moto.

A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) emitiu nota à sociedade mato-grossense dizendo que “está acompanhando os casos”. Informando ainda que as agências de inteligência “estão trabalhando intensamente na coleta de informações”. A nota informa também que “nenhuma linha de investigação será descartada”.

Confira a nota na íntegra

Em relação aos recentes ataques à transportes coletivos em Cuiabá, a Secretaria de Segurança Pública (Sesp) informa que está acompanhando os casos. As agências de Inteligência de todas as forças de Segurança estão trabalhando intensamente na coleta de informações, e já estão avançadas no encaminhamento dessas ações. Nenhuma linha de investigação será descartada. A Secretaria de Segurança reafirma ainda o compromisso de atuação nas duas frentes eleitas na nova política de segurança pública: repressão qualificada a todas as formas criminosas, com policiamento na rua, e prevenção dos crimes mediante articulação das políticas sociais.

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