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Cuiabá, 14 de Maio de 2024
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25 de Novembro de 2015, 18h:09 - A | A

POLÍCIA / "CORRUPTOS OSTENTAÇÃO"

PM e servidor da Sefaz eram assessores de Eder, e levavam vida de luxo

Segundo o delegado, além do serviço de 'segurança' prestado pelo sargento a Eder, a dupla de servidores do Estado também assessorava o ex-secretário fazendo diretamente fazendo os pagamentos necessários de vários tipos de contas, assim como outras movime

JOÃO RIBEIRO
DA REDAÇÃO



De acordo com o delegado da Polícia Federal,  Marco Aurélio Faveri, responsável pela 8ª fase da Operação Ararath, um servidor efeitivo da Secretaria de Fazenda do Estado e um sargento da Polícia Militar, que foram conduzidos para depor na superintendência da PF, de forma coercitiva, na manhã desta quarta-feira (25), seriam verdadeiros assessores diretos do ex-secretário de Estado, Eder Moraes, que condenado a 69 anos de prisão e respondendo a outros quatro processos da Operação Ararath, estaria fazendo uso de uma "rede de laranjas" para manter seu alto padrão de vida, mas sem movimentar dinheiro em seu nome, ou no nome de sua esposa, Laura Dias, que também foi conduzida de forma coercitiva nesta quarta.

Segundo o delegado, além do serviço de 'segurança' prestado pelo sargento a Eder, a dupla de servidores do Estado também assessorava o ex-secretário fazendo diretamente fazendo os pagamentos necessários de vários tipos de contas, assim como outras movimentações financeiras.

Segundo o delegado, além do serviço de 'segurança' prestado pelo sargento a Eder, a dupla de servidores do Estado também assessorava o ex-secretário fazendo diretamente os pagamentos necessários de vários tipos de contas, assim como outras movimentações financeiras.

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Marco Aurélio Faveri, destacou que durante as investigações foi descoberto que mesmo tendo contas bancárias ‘zeradas’, inclusive uma conjunta com a esposa, Éder ostentava alto padrão de vida, dirigindo carros de luxo; além disso, quitava faturas de cartões de crédito com valores acima de R$ 10 mil, e pagava cerca de R$ 5 mil mensalmente em pela conta de energia elétrica de sua casa, localizada em um condomínio de luxo. O delegado também destacou o alto custo que Eder teria para manter filhos, que estudam em faculdades de São Paulo (SP), com mensalidades de aproximadamente de R$ 10 mil.

O delegado porém, não informou qual seria a origem da renda financeira do investigado, para pagar contas tão caras, já que o mesmo não tem qualquer emprego fixo.  “Não sabemos da onde os acusados buscavam o recurso para realizarem os pagamentos”, afirmou. Apesar de trabalhar como assessor de Éder, o sargento da PM, não estava afastado e atuava no policiamento da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL-MT). 

Éder ostentava alto padrão de vida, dirigindo carros de luxo; além disso, quitava faturas de cartões de crédito com valores acima de R$ 10 mil, pagava cerca de R$ 5 mil de energia elétrica e tinha que cobrir mensalidades de cerca de R$ 10 mil

Outro ponto ressaltado é que a esposa de Éder, apesar de se declarar ‘do lar’ tem empresas em seu nome, que deveriam estar fechadas, mas continuavam realizando movimentações financeiras. Já Éder, que apesar de dizer que trabalha como representante de uma empreiteira, com sede em Santa Catarina (SC), nunca apresentou documentos que comprovem sua remuneração.

O delegado finalizou a entrevista dizendo que o próximo passo das investigações é analisar os documentos apreendidos e as informações dos depoimentos para poder enfim, concluir o inquérito criminal e oferecer a denúncia à Justiça.

Também foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em várias propriedades, inclusive em uma chácara do servidor da Sefaz, localizada na cidade de Chapada dos Guimarães (66 km da capital).  

A VERSÃO DE EDER

Sobre as acusações, Éder que prestou depoimento por cerca de 7h, alegou à imprensa, que seria o maior colaborador, nas investigações e que muitas informações falsas estariam circulando na mídia, pois ele jamais teria 'usado laranjas' para movimentações financeiras. “Não é verdade que eu usei ‘laranja’ e isso está devidamente explicado dentro das oitivas”, falou. (LEIA MAIS AQUI).

Éder também declarou a condução coercitiva nesta quarta-feira (25) era um procedimento natual, já que houve um desmembramento dos processos. “Tinha que prestar algumas explicações mais detalhadas sobre alguns procedimentos que foram surgindo durante a investigação”, explicou.

69 ANOS DE PRISÃO

Neste mês, o juiz federal Jeferson Schneider, condenou Éder a quase sete décadas de prisão, incialmente em regime fechado, por conta dos crimes de lavagem de dinheiro, falsificação de documentos públicos e operações de instituições financeiras sem a devida autorização. Após a sentença, a defesa do réu conseguiu reverter e ganhar o direito de que ele possa cumprir a pena no regime semiaberto. O ex-secretário é monitorado pela Justiça por uma tornozeleira eletrônica.

Já Luiz Carlos Cuzziol, ex-superintendente do Bic Banco, foi condenado a 31 anos de reclusão e 400 dias de multa. Ele e Eder também foram condenados a pagar mais de R$ 1.300 em multas e a restituir R$ 12 milhões aos cofres públicos.

 

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