DA REDAÇÃO
Sandro da Silva Rabelo, o ‘Sandro Louco’, foi inocentado na sexta-feira (23) pela morte de Pedro Raimundo de Oliveira, assassinado com golpes de chuço [arma artesanal] dentro da Penitenciária Central do Estado (PCE), antigo Pascoal Ramos, em janeiro de 2005.
Uma das três testemunhas, o agente penitenciário Diogo Fernando de Carvalho, que à época foi feito refém durante a rebelião, negou ter visto o acusado ordenar ou participar da morte de Pedrinho.
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No entanto, a promotora de Justiça Marcelli Rodrigues voltou a afirmar que Sandro Louco determinou que a vítima fosse morta. Porém, os jurados optaram pela absolvição do réu por ausência de provas.
Devido à alta periculosidade de Sandro Louco, que também é apontado como um dos integrantes do grupo criminoso Comando Vermelho e possui várias condenações que ultrapassam 200 anos de prisão, o Tribunal do Júri foi realizado por meio de vídeoconferência. O julgamento foi presidido pela juíza Mônica Catarina Perri Siqueira, da 1ª Vara Criminal de Cuiabá.
Esta foi a primeira vez que a Justiça do Estado utilizou esse tipo de tecnologia para julgar um réu da esfera criminal.
Atualmente, o latrocida está preso na Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Catanduvas (PR) e foi impedido por decisão da magistrada de vir a Cuiabá para participar do julgamento.
Para a juíza, o transporte de Sandro Louco até a capital mato-grossense e o retorno dele ao Paraná exigira diversas providências e, principalmente, a exigência de um grande aparato policial, além de colocar em risco a segurança dos presídios de Mato Grosso.
O próximo julgamento de Sandro Louco está marcado para a próxima segunda-feira (24) pela tentativa de homicídio de Benedito Bispo da Rosa e Wilton Silva Delgado, além do assassinato do policial militar Jurandir Alberto Anunciação. O Júri também será por videoconferência.
A morte
De acordo com as investigações realizadas pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Sandro Louco, Vanildo Marques, o Vavá e Maurício Domingos da Cruz, o Raposão, teriam matado Pedro Raimundo com 14 golpes de chuços por causa de uma disputa pelo poder dentro da PCE.
A rixa vinha desde a época da Penitenciária de Mata Grande em Rondonópolis, onde os envolvidos estiveram presos.