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Cuiabá, 20 de Maio de 2024
20 de Maio de 2024

09 de Maio de 2024, 13h:45 - A | A

POLÍCIA / VINGANÇA EM PEIXOTO

Médico envolvido em duplo homicídio alega transtorno psiquiátrico, mas TJ nega soltura

O ataque brutal aconteceu em Peixoto de Azevedo (a 691 km de Cuiabá), no último dia 21 de abril

DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTERMT



A Justiça de Mato Grosso negou o pedido de revogação da prisão do médico Bruno Gemilaki Dal Poz, envolvido no ataque que vitimou os idosos Pilson Pereira da Silva, de 65 anos, e Rui Luiz Bogo, de 71 anos, em Peixoto de Azevedo (a 691 km de Cuiabá), no dia 21 de abril. A decisão é do desembargador Hélio Nishiyama.

No pedido de habeas corpus, a defesa de Bruno usou como argumento para a soltura o “frágil estado de saúde” do médico, que teria grave transtorno psiquiátrico, bem como dependência de medicamento.

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Além disso, foi apontada ausência dos requisitos para a prisão preventiva, sob alegação de que os fundamentos da decisão seriam inidôneos; e carência de fundamentação sobre a insuficiência de medidas cautelares.

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Entretanto, em sua decisão, o desembargador afirmou que a manutenção da prisão de Bruno, assim como a dos demais réus, é “imprescindível” e citou o “elevado grau de reprovabilidade, brutalidade e frieza” do crime.

“Desse modo, a princípio, os fundamentos da prisão preventiva se mostram idôneos, notadamente a garantia da ordem pública, em vista da gravidade concreta dos delitos de homicídio qualificado, na modalidade consumada e tentada, supostamente praticados pelo paciente, em concurso de agentes”, decidiu.

“No que tange ao pedido subsidiário de prisão domiciliar, não se verifica dos documentos apresentados nesta impetração prova suficiente de que o paciente se encontra debilitado por doença grave, muito menos a incapacidade do sistema prisional de prestar a respectiva assistência médica”, complementou.

Além de Bruno, estão presos pelo crime a mãe dele, a pecuarista Inês Gemilaki, de 48 anos, e Eder Gonçalves Rodrigues, de 40, irmão do padrasto do médico. Os tiros que mataram as vítimas saíram todos da arma de Inês.

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O crime

Como mostrou o RepórterMT, uma das linhas de investigação é de que o alvo da ação criminosa era o garimpeiro Enerci Afonso Lavall, conhecido como “Polaco”, em razão de uma cobrança de aluguel no valor de R$ 60 mil.

A família não teria aceitado os valores impostos pelo garimpeiro sobre um imóvel que foi alugado por eles. Eles chegaram a entrar com uma ação na Justiça, mas decidiram executar o garimpeiro.

O alvo dos criminosos não foi atingido. A arma de Ines Gemilaki falhou nas três vezes no momento em que ela tentou atirar contra ele.

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