MARCIO CAMILO
DA REDAÇÃO
O Governador Pedro Taques (PSDB), candidato à reeleição, afirmou que o conteúdo da delação premiada do ex-secretário de Estado de Educação (Seduc-MT), Permínio Pinto, foi vazado por motivos eleitorais.
Permínio fez o acordo de delação depois de ser preso em 2016, durante a operação Rêmora, do Ministério Público, acusado de integrar um esquema que teria desviado R$ 56 milhões da Seduc. A delação foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
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De acordo com o ex-secretário, Taques teria participado de fraudes para beneficiar empreiteiras na Seduc, em troca de propina. O dinheiro arrecadado seria para quitar dívidas da campanha de 2014. A delação foi divulgada nesta terça-feira (28), pelo Jornal Folha de São Paulo.
“Isso é processo eleitoral. Engraçado, ao que consta, essa delação teria sido feita em dezembro e só agora, às vésperas da eleição, o conteúdo do documento é vazado. Por que não apareceu antes?”, questionou o governador em entrevista à TV Cidade Verde (Canal 12).
Ele disse que seus advogados estão buscando no processo as declarações de Permínio.
“Eu entendo que está na Justiça, meus advogados estão buscando e é um absurdo. O cidadão conhece a minha vida. Ele sabe que eu passei 15 anos [quando era procurador da República] combatendo o crime organizado”, enfatizou ao negar as acusações de Permínio.
O governador também disse que não acredita nas declarações do cabo da Polícia Militar Gerson Correa, que em depoimento disse que promotores do Ministério Público Estadual promovem escutas ilegais desde 2012. Gerson é réu na ação do caso conhecido como "Grampolândia Pantaneira", sendo acusado de ser o operador das escutas clandestinas no âmbito do Governo do Estado.
“Ele disse que acha que o governador sabia, agora ele está dizendo que promotores faziam grampos telefônicos desde 2012. Promotores do Estado de Mato Grosso? Eu não acredito que ele faziam isso dentro do Gaeco, porque são pessoas sérias e decentes”.
Taques salientou que é a favor da delação, mas ponderou que as confissões precisam ser fundamentas com provas.
“Não há instrumento melhor para combater o crime organizado que a delação, isso é fato. Agora a delação precisa provada e demostrada. E uma delação que vaza ela é nula, conforme determina a própria legislação”, reforçou o tucano.
Delação de Permínio
Permínio foi preso na Operação Rêmora, em 2016. O esquema de fraudes burlava e 23 licitações para construção e reforma de escolas.
O Jornal Folha de São Paulo diz que o acordo de colaboração foi homologado pelo STF. Permínio teria revelado que tratou de licitações direcionadas, com o próprio governador.
O jornal afirma que o ex-secretário entregou aos investigadores mensagens de WhatsApp em que Taques pediria "facilidade nas licitações".
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Ex-secretário diz que Taques integrou esquema para quitar dívidas de campanha
Maria Auxiliadora 31/08/2018
Taques apelando pro plano B: perseguição política, pois o plano A de negar até a morte não convence mais. Bem conojo da cantilena dessa velha carpideira
1 comentários