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Cuiabá, 05 de Maio de 2024
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28 de Agosto de 2018, 08h:10 - A | A

PODERES / PROPINA NA SEDUC

Ex-secretário diz que Taques integrou esquema para quitar dívidas de campanha

Declaração é de Permínio Pinto, ex-secretário de Educação, que foi preso na Operação Rêmora por fraudes a licitações da pasta.

DA REDAÇÃO



O governador de Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB), é acusado pelo ex-secretário de Educação, Permínio Pinto, de participar do esquema de fraudes para beneficiar empreiteiras na Seduc, em troca de propina. Segundo o delator, o dinheiro arrecadado seria para quitar dívidas da campanha de Taques, em 2014. 

Permínio foi preso  na Operação Rêmora, em 2016. O esquema de fraudes burlava e 23 licitações para construção e reforma de escolas. A fraude chega a R$ 56 milhões.

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O jornal de SP diz que o acordo de colaboração foi homologado pelo STF. Perminio teria revelado tratou de licitações direcionadas, com o próprio governador”, segundo o documento, ao qual a Folha teve acesso.

Permínio diz que governador sabia do esquema. A matéria da Folha de SP é assinada pelo repórter Pablo Rodrigo. 

Permínio teria entregue mensagens de WhatsApp em que Taques, candidato à reeleição, pede "facilidade nas licitações". 

De acordo com ele, o empresário Alan Malouf (que também teve sua delação homologada pelo STF) e o ex-secretário da Casa Civil e primo do governador, Paulo Taques, eram responsáveis para que juntos com os demais secretários "encontrassem uma forma de captar recursos para quitar dívidas de campanha deixadas para trás".

"Os secretários mais próximos do Alan Malouf ficaram sob o seu comando, como eu, o Júlio Modesto (ex-secretário de Gestão) e Paulo Brustolin (ex-secretário de Fazenda). E outros ficavam ligados ao Paulo Taques", declarou o ex-secretário. Ele deixou o governo em 2016, no mesmo dia em que foi deflagrada a Operação Rêmora, e foi preso um mês depois, na segunda fase da operação.

Réu confesso, Permínio era chefe da pasta na época e diz ter atuado na execução de contratos, cobrando de propina das empresas vencedoras. O delator também acusa o líder tucano na Câmara dos Deputados, Nilson Leitão (MT), de corrupção ativa e lavagem de dinheiro. 

Ele ficaria com 25% da propina dos esquemas na secretaria de Educação, segundo a delação. Pinto afirmou que foi indicado por Leitão para a pasta.

Pinto também mencionou outros esquemas de caixa dois envolvendo Leitão, que tenta se eleger senador na chapa de Taques.

Outro lado

Procurado pela reportagem, o advogado de Permínio, Artur Osti, não se manifestou. Em nota, afirmou que aguarda a conclusão da ação penal em que o delator é réu.

Pedro Taques negou "veementemente ter qualquer envolvimento no esquema". Segundo ele, todas as movimentações financeiras da campanha de 2014 foram registradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral.

O deputado federal Nilson Leitão (PSDB) disse deixar à disposição da Justiça a quebra de seu sigilo e ressaltou que ao longo de toda sua vida pública “nunca solicitou recursos ilícitos ou pediu para que alguém o fizesse em meu nome".

A defesa de Alan Malouf disse não irá se manifestar sobre a homologação do acordo do ex-secretário Permínio Pinto, mas afirma que ele já confessou o caixa dois na campanha de Taques.

A defesa de Paulo Taques disse que ele "nunca tratou do referido assunto". Já Júlio Modesto não quis comentar o assunto. Paulo Brustolin não foi localizado pela reportagem.

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Maria Auxiliadora 28/08/2018

Se tem algum mato-grossense surpreso com mais esta delação envolvendo o caçador de marajás do pantanal, se tem mato-grossense que não acredita que este anão não tinha conhecimento das maracutaiaa dos seus amigos, os dois tipos, o surpreso e o descrente, precisam das camisa de força e de camisa de Vênus, afinal o Brasil já está inflado de gente burra.

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1 comentários

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