RAUL BRADOCK
CAROL SANFORD
O ex-governador Silval Barbosa (sem partido), ícone de um dos maiores escândalos de corrupção da história de Mato Grosso, afirmou nesta quinta-feira (18) que esquemas envolvendo empresas já aconteciam antes dele assumir o Palácio Paiaguás e continuam acontecendo até hoje, porque as empresas são as mesmas.
As afirmações foram feitas após o terceiro dia de depoimento à Controladoria-Geral do Estado (CGE) – sobre empresas que mantinham contratos fraudulentos durante sua Administração e foram citadas em seu acordo de delação premiada à Procuradoria-Geral da República (PGR).
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“Esquemas continuam acontecendo. Já aconteceram nos governos passados e continuam acontecendo. A maioria das empresas que negociaram com o Governo, continuam negociando. Esse é um sistema endêmico e espero que depois da minha colaboração, não aconteça mais”, afirmou o ex-governador.
“Esquemas já aconteceram nos governos passados e continuam acontecendo. A maioria das empresas que negociaram com o governo, continuam negociando”, afirmou o ex-governador.
Sobre sua decisão de colaborar com a Justiça, Silval afirmou que detalhou os nomes de todos os envolvidos. Segundo ele, todos os problemas e falcatruas que acontecem em MT estão sendo vinculadas ao seu nome.
“Não estou querendo atribuir coisas que pessoas não fizeram, só estou colaborando com a Justiça e relatando as coisas erradas que foram cometidas e quem se beneficiou, de empresários a políticos”, ressalta.
Um dos exemplos está na afirmação feita no segundo dia de depoimento à CGE, quando Silval disse que irá depor - no próximo dia 23 de fevereiro - na Comissão Parlamentar de Inquérito, a denominada “CPI do Paletó”, aberta pela Câmara de Vereadores de Cuiabá para investigar o prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB), flagrado recebendo suposta propina do ex-chefe de Gabinete de Silval, Sílvio Correa, dentro da sede do Palácio Paiaguás.
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