ALCIONE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
José Alves Martins, popularmente conhecido por “Zé Alves”, acusado de matar a ex-namorada, Vilma dos Santos Carvalho, a facadas e ocultar seu cadáver foi absolvido pelo júri popular. A sentença foi anunciada na última segunda-feira (20) pela juíza da Primeira Vara Criminal de Cuiabá, Mônica Catarina Perri.
"Não satisfeito, logo após matar Vilma, levou o corpo nas proximidades de sua residência e ocultou o cadáver, tendo enterrado quase completamente o corpo deixando somente uma parte da cabeça pra fora”, aponta o relatório do Ministério Público.
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“Atenta à soberana decisão do Conselho de Sentença, a qual estou vinculada, absolvo o acusado”, diz trecho da decisão.
Zé Alves respondia pelo crime de homicídio duplamente qualificado, usando meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. O crime ocorreu em 08 de novembro de 2002 na casa da vítima, no bairro Doutor Fábio, em Cuiabá. O assassino atingiu a mulher com várias golpes com objeto perfuro-cortante e depois tentou despistar o crime, ocultado o cadáver na esquina da Avenida Milton Figueiredo com a Rua Cuiabá, também no bairro Dr. Fábio.
A denúncia do Ministério Público (MP) sustentava que Zé Alves e a vítima mantiveram relacionamento amoroso por alguns meses, mas em razão do comportamento violento dele, Vilma resolveu deixá-lo, mas o acusado não havia se conformando com a separação. “travou vários desentendimento com a vítima a ponto de, numa certa ocasião pouco tempo antes do fato acima narrado -, ir ao encontro de Vilma e desferir duas facadas contra ela (a vítima se recuperou das lesões e não veio a óbito)”, diz trecho do documento.
No dia do crime, os promotores sustentam que “Visando consumar sua vingança o denunciado foi até a residência da vítima e, lá chegando, sacou um instrumento perfuro-cortante e surpreendeu a ofendida – dificultando qualquer reação por parte dela -, desferindo vários golpes que vieram a atingir os braços e costas, levando-a a óbito. Não satisfeito, logo após matar Vilma, levou o corpo nas proximidades de sua residência e ocultou o cadáver, tendo enterrado quase completamente o corpo deixando somente uma parte da cabeça pra fora”, aponta o relatório do MP.
O corpo só foi encontrado dias depois, em avançado estado de putrefação, por meio de denúncia anônima.
O acusado chegou a ser preso temporariamente, no dia 21 de novembro de 2002 , mas aguardava o julgamento em liberdade. Ele sempre negou a autoria do crime. E agora o Conselho de Sentença não reconheceu a materialidade delitiva, restando o acusado absolvido e prejudicada a votação dos demais quesitos.