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Cuiabá, 08 de Maio de 2024
08 de Maio de 2024

22 de Março de 2017, 14h:20 - A | A

PODERES / MP APONTOU CRUELDADE

Júri popular absolve acusado de matar ex-namorada a facadas

O assassinato ocorreu em 2002. A denúncia do Ministério Público relatou histórico de violência. Zé Alves respondia pelo crime de homicídio duplamente qualificado

ALCIONE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO



José Alves Martins, popularmente conhecido por “Zé Alves”, acusado de matar a ex-namorada, Vilma dos Santos Carvalho, a facadas e ocultar seu cadáver foi absolvido pelo júri popular. A sentença foi anunciada na última segunda-feira (20) pela juíza da Primeira Vara Criminal de Cuiabá, Mônica Catarina Perri.

"Não satisfeito, logo após matar Vilma, levou o corpo nas proximidades de sua residência e ocultou o cadáver, tendo enterrado quase completamente o corpo deixando somente uma parte da cabeça pra fora”, aponta o relatório do Ministério Público.

 

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“Atenta à soberana decisão do Conselho de Sentença, a qual estou vinculada, absolvo o acusado”, diz trecho da decisão.

Zé Alves respondia pelo crime de homicídio duplamente qualificado, usando meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. O crime ocorreu em 08 de novembro de 2002 na casa da vítima, no bairro Doutor Fábio, em Cuiabá. O assassino atingiu a mulher com várias golpes com objeto perfuro-cortante e depois tentou despistar o crime, ocultado o cadáver na esquina da Avenida Milton Figueiredo com a Rua Cuiabá, também no bairro Dr. Fábio.

A denúncia do Ministério Público (MP) sustentava que Zé Alves e a vítima mantiveram relacionamento amoroso por alguns meses, mas em razão do comportamento violento dele, Vilma resolveu deixá-lo, mas o acusado não havia se conformando com a separação. “travou vários desentendimento com a vítima a ponto de, numa certa ocasião pouco tempo antes do fato acima narrado -, ir ao encontro de Vilma e desferir duas facadas contra ela (a vítima se recuperou das lesões e não veio a óbito)”, diz trecho do documento.

No dia do crime, os promotores sustentam que “Visando consumar sua vingança o denunciado foi até a residência da vítima e, lá chegando, sacou um instrumento perfuro-cortante e surpreendeu a ofendida – dificultando qualquer reação por parte dela -, desferindo vários golpes que vieram a atingir os braços e costas, levando-a a óbito. Não satisfeito, logo após matar Vilma, levou o corpo nas proximidades de sua residência e ocultou o cadáver, tendo enterrado quase completamente o corpo deixando somente uma parte da cabeça pra fora”, aponta o relatório do MP.

O corpo só foi encontrado dias depois, em avançado estado de putrefação, por meio de denúncia anônima.  

O acusado chegou a ser preso temporariamente, no dia 21 de novembro de 2002 , mas aguardava o julgamento em liberdade. Ele sempre negou a autoria do crime. E agora o Conselho de Sentença não reconheceu a materialidade delitiva, restando o acusado absolvido e prejudicada a votação dos demais quesitos.

 

 

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