MIKHAIL FAVALESSA
DA REDAÇÃO
A deputada estadual Janaina Riva (MDB) defendeu a concessão de uma “trégua” ao governador eleito Mauro Mendes (DEM) com relação aos cortes já anunciados e outros que ainda devem ser feitos nas contas do Governo do Estado. Janaina disse que um período de um ano e meio de “paz” no início do mandato seria razoável, assim como aconteceu com o governador Pedro Taques (PSDB).
“Eu acho que o Mauro vai precisar e vai ter uma trégua, como Pedro Taques teve também no passado. O Pedro teve uma trégua de um ano e meio.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
Eu acho que o momento é de ter muita paciência antes de pré-julgar o posicionamento do governador. Tem que ter essa cautela. Ele foi eleito justamente prometendo isso, o enxugamento da máquina, e teve praticamente 60% dos votos, então agora eu acho que tem que esperar as coisas acontecerem”, disse Janaina
Ninguém fala sobre isso, mas ele ficou um ano e meio em paz com a Assembleia. Tudo que ele mandou foi aprovado, e eu acho que o Mauro, da mesma forma, vai ter que contar e vai ter a confiança da Assembleia por esse período”, afirmou a deputada.
Parlamentar de oposição a Taques, Janaina ganhou capital político ao defender o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) aos servidores públicos durante as negociações e greves realizadas em meados de 2016.
“E os servidores, assim como todos os outros, vão ter que ter paciência de esperar para ele poder tomar ciência da situação. Os servidores, produtores, empresários, enfim, todo mundo. A gente não sabe se vai ter emenda parlamentar, que é algo que é essencial para o trabalho do deputado. Então, eu acho que o momento é de ter muita paciência antes de pré-julgar o posicionamento do governador. Tem que ter essa cautela. Ele foi eleito justamente prometendo isso, o enxugamento da máquina, e teve praticamente 60% dos votos, então agora eu acho que tem que esperar as coisas acontecerem”, declarou.
Mauro Mendes anunciou a redução de 24 para 15 o número de secretarias de Estado a partir de janeiro de 2019. O democrata também disse que irá cortar três mil cargos comissionados, contratados e de função gratificada – a estimativa é de economia de R$ 150 milhões por ano.
As medidas visam o “enxugamento da máquina”, com corte de gastos para superar uma crise financeira que abate o Estado desde 2016.
Mauro está entre os governadores eleitos que assinaram uma carta entregue ao presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) com prioridades para o Governo Federal. Entre as questões está o debate da “flexibilização” da estabilidade dos servidores públicos.
Na prática, isso significaria a possibilidade de demissão dos servidores concursados. A ação é prevista na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) depois do corte de 20% dos gastos com cargos comissionados e com os servidores concursados não estáveis.
Leia mais:
Poderes querem mais dinheiro do Governo para o próximo ano; Mauro decide
Presidente do TJMT defende aumento de 16,38% para Judiciário
Deputados aprovam PEC que obriga Mauro a pagar emendas parlamentares
MARIA TAQUARA 30/11/2018
que tragédia! só lamento pelos que possuem vínculo com o Estado de Mato Grosso
1 comentários