facebook-icon-color.png instagram-icon-color.png twitter-icon-color.png youtube-icon-color.png tiktok-icon-color.png
Cuiabá, 13 de Maio de 2024
13 de Maio de 2024

15 de Fevereiro de 2017, 11h:38 - A | A

PODERES / PROPINA NA ADMINISTRAÇÃO

Faiad cobrava de dono de posto R$ 80 mil de 'mensalinho', aponta MPE

Dinheiro era proveniente de propina paga pelo dono da Marmeleiro Auto Posto, Juliano Volpato e dividido entre Silval Barbosa, ex-secretários e funcionário corrupto do auto posto.

CELLY SILVA
DA REDAÇÃO



Com a saída de César Zílio, réu e delator da Operação Sodoma, e o ingresso de Francisco Faiad na chefia da Secretaria de Estado e Administração (SAD), em janeiro de 2013, houve “adesão plena por parte deste à organização criminosa”, liderada pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB) durante sua gestão, conforme apontam as investigações da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz) e do Ministério Público Estadual (MPE).

 

>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão

Havia um envelope contendo R$ 40 mil, destinado ao ex-governador Silval Barbosa, com a inicial “S”; dois envelopes com R$ 16 mil cada um, com as iniciais “C” de César Zílio e “F” de Francisco Faiad, além de outro envelope com R$ 8 mil, com a inicial “C” de César Zílio, mas que na realidade era destinada ao funcionário de Juliano Volpato

Conforme a juíza Selma Arruda, da 7ª Vara Criminal, registrou em seu decreto de prisão referente à Operação Sodoma 5, deflagrada na terça-feira (14), após assumir a pasta, Francisco Faiad teria determinado que o pagamento de um “mensalinho” pago pela Marmeleiro Auto Posto Ltda. fosse aumentado de R$ 70 mil par R$ 80 mil, com a condição que continuasse sendo pago ao ex-secretário César Zílio.

A partir daquele mesmo mês, adotou-se também um cuidado maior, pois o dinheiro que antes era entregue em quatro envelopes separados com os nomes dos destinatários escrito, passaram a ser identificados apenas com as iniciais. Outra mudança ocorreu no valor destinado à Silval Barbosa, que de R$ 30 mil passou a receber R$ 40 mil mensais.

Outra alteração ocorrida supostamente a mando de Faiad foi que ele passou a receber os R$ 16 mil que anteriormente seriam destinados a Sílvio César Corrêa Araújo, então chefe de gabinete de Silval Barbosa.

Dessa forma, havia um envelope contendo R$ 40 mil, destinado ao ex-governador Silval Barbosa, com a inicial “S”; dois envelopes com R$ 16 mil cada um, com as iniciais “C” de César Zílio e “F” de Francisco Faiad, além de outro envelope com R$ 8 mil, com a inicial “C” de César Zílio, mas que na realidade era destinada ao funcionário de Juliano Volpato, Edézio Corrêa, que havia feito um acordo com Zílio sem a anuência de seu chefe.

Com relação a isso, César Zílio havia dito para Juliano Volpato, dono da Marmeleiro, que repassava os R$ 8 mil para “guachebas”, que seriam seus subordinados. Juliano Volpato somente soube que seu funcionário estava sendo beneficiado com a propina quando foi chamado a prestar esclarecimentos na Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz).

Segundo o MPE, a forma de pagamento determinada por Faiad perdurou por três meses, sendo que após este período, a parte de Francisco Faiad era entregue diretamente a ele, cabendo a César Zílio a entrega do envelope que pertenceria a Silval Barbosa.

Propina no banheiro

Conforme o já havia divulgado em fases anteriores da operação, a entrega de propina ao ex-governador ocorria no banheiro de seu gabinete ou por meio de seu chefe de gabinete Sílvio César Corrêa Araújo, que teria pleno conhecimento do que se tratava.

Propina no escritório

De acordo com declarações de Edézio Corrêa, que era administrador da Marmeleiro Auto Posto, aos investigadores, a parte da propina que cabia a Francisco Faiad era entregue a ele diretamente em seu escritório político no bairro Araés. Naquela época, Faiad se preparava para a candidatura a deputado estadual nas eleições de 2014. Por isso, teria providenciado a entrega do dinheiro ilícito para coordenadores de campanha, identificados apenas como Geraldo, Carlão e Hélio, segundo Edézio.

A propina que cabia a César Zílio, segundo as investigações, era entregue em seu escritório de contabilidade. Quando ele ainda era secretário, houve ocasiões em que recebeu o dinheiro em seu gabinete na SAD. 

Comente esta notícia

Noelzinho 15/02/2017

Já pensou, acreditar em delação de dono de posto? Vai lá saber se é verdade. Sei não, acho que essa delação é enrolada. Nada a ver isso. E tem mais ele tem todo direito de se defender. Mas ir prendendo como se prende leão em jaula. Acho abuso de poder jurídico. Não é algo sensato vindo de uma magistrada (Juíza). Essa juíza ta pecando no trabalho correto. Vai la saber o que ela quer com tantas prisões.

positivo
0
negativo
0

1 comentários

1 de 1