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Cuiabá, 25 de Abril de 2024
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18 de Agosto de 2017, 08h:50 - A | A

PODERES / CORRUPÇÃO

Deputado Adriano vira réu por contratar serviços fantasmas para a Unemat

Denúncia do MPE é referente ao período em que Adriano Aparecido era reitor da Unemat. Ele também é investigado por participar de esquema de desvio de dinheiro público, por meio por meio de contratações feitas pela Faespe.

FLÁVIA BORGES
DA REDAÇÃO



A juíza Joseane Carla Viana Quinto, da Quarta Vara Cível de Cáceres, recebeu a denúncia proposta pelo Ministério Público Estadual (MPE) contra o deputado Adriano Aparecido Silva, que passa a responder judicialmente por contratar empresas fantasmas para prestar serviços à Unemat, onde ocupou o cargo de reitor entre os anos de 2010 e 2014.

De acordo com a denúncia, em 2015, alguns servidores da Unemat teriam feito “montagem de propostas” de algumas empresas por outras entre 2008 e 2009.

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Consta na denúncia que a Promotoria recebeu por meio de “representação” documentos e fotografias que apontavam destinação de licitação, além de outras fraudes nas aquisições de materiais para a universidade.  

São réus na ação os servidores Taisir Mahmudo Karin, Wilbum de Andrade Cardoso, Ana Lúcia Matiello Miranda, Joanice Batista do Espírito Santo, Expedita Fiqueiredo de Souza, Luciano Pinho Garcia, Antonio Martelo Neto, Terezinha de Brito Kondo e Claudinei Pereira Avelino, além das empresas Refrigeração Zanata, Vidraçaria Cristal, Vidraçaria Brilex e Linear Ar Condicionado.

A defesa do parlamentar alegou que ele não foi o principal responsável e ordenador de todas as despesas e contratações apontadas nos autos e assegurou que não houve desvio de finalidade quanto aos serviços contratados de sua responsabilidade.

Na época dos fatos Adriano ocupava o cargo de coordenador do Câmpus de Cáceres. No mesmo período, o reitor da Unemat era Taisir Mahmudo Karin. Somente após a gestão de Karin, a partir de 2010, é que Adriano Silva passou a comandar a reitoria, de onde se desvinculou em 2014 para disputar e vencer a eleição para deputado estadual. 

Operação Convescote

Adriano é investigado também por participação em esquemas envolvendo a Fundação de Apoio ao Ensino Superior Estadual (Faespe), após deflagração da Operação Convescote.

O parlamentar, ex-reitor da Unemat, chegou a ser fotografado com o diretor-geral da Faespe, Marcelo Horn, em 21 de junho deste ano, exatamente um dia após a deflagração da Operação Convescote.

O encontro, realizado no Hotel Paiaguás, na avenida Historiador Rubens de Mendonça, em Cuiabá, foi fotografado pelos investigadores. Adriano estava junto com o também deputado estadual Guilherme Maluf no encontro, mas até então não estavam sendo monitorados pelo Gaeco. No entanto, foram registrados quando estavam reunidos com Marcelo.

O diretor-geral da Faespe foi "acompanhado" entre 19 e 23 de junho. Neste período, os investigadores relataram que Marcelo, dirigindo um automóvel BMW, esteve em diversos locais. Entre eles, a sede da Faespe em Cáceres, no Fórum da Justiça Federal e até no Supermercado Juba.

A Operação Convescote, que resultou em 22 pessoas denunciadas pelo MPE, investiga suposto desvio de recursos públicos na ordem R$ 3 milhões através de contratos para prestação de serviços fictícios entre a Faespe e órgãos públicos como Assembleia, Tribunal de Contas do Estado (TCE), Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística (Sinfra) e Prefeitura de Rondonópolis.A operação já gerou uma ação penal com 22 réus.   

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