MIKHAIL FAVALESSA
DA REDAÇÃO
A demora em decidir sobre a candidatura do ex-prefeito de Cuiabá Mauro Mendes (DEM) e do ex-senador Jayme Campos (DEM) ao Governo do Estado e ao Senado, respectivamente, pode ter “encarecido” a campanha da sigla. A avaliação é de analistas políticos ouvidos pelo . A decisão de buscar a construção de uma candidatura veio na noite de segunda-feira (11), cerca de dois meses antes das convenções.
Na terça-feira (12), Mauro Mendes deixou Claro que a efetivação de sua campanha ao Governo do Estado, depende da estrutura financeira disponível, que agora será construída pelo grupo.
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“Eu acredito que já tinha passado do ponto. Eles estavam indo de uma candidatura ‘cara’ para a ‘super cara’. Se tivessem decidido antes, logo depois do Carnaval, estariam com uma campanha mais barata. E não digo isso somente do ponto de vista financeiro, mas de agregar pessoas, agregar partidos e aliados”, disse o professor e cientista político João Edisom.
O cientista político João Edisom avalia que mesmo assim, o Democratas tem em seu favor o fato de ser mais estruturado que os concorrentes.
“O DEM hoje é o partido mais bem organizado e mais encorpado, os outros estão em frangalhos. O PSDB, por exemplo, está dividido. O que mata o DEM é a demora da escolha. Uma candidatura do Mauro uniria diversos outros partidos, seria uma campanha tranquila. Mas, por causa da demora, a situação não é mais exatamente essa”, disse.
O cientista político Haroldo Arruda avalia que o custo político deve ser alto e deve haver dificuldade em costurar alianças. “Existe um teto previamente definido de R$ 5,6 milhões para o primeiro turno. Então, licitamente falando, o caminho é esse”, disse. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ainda prevê mais R$ 2,8 milhões de limite para gastos dos candidatos ao Governo no segundo turno.
Entre as complicações financeiras estão os fatos de as chamadas 'vaquinhas' (cotas para a campanha) não terem o resultado esperado em termos de doações de pessoas físicas para as campanhas que se apresentaram até o momento - o Supremo Tribunal Federal (STF) proibiu a doação de empresas para as eleições de outubro.
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