MARCIO CAMILO
DA REDAÇÃO
O Supremo Tribunal Federal (SFT) manteve a autonomia dos deputados estaduais de Mato Grosso de revogar prisões de seus pares, decretadas pela Justiça, por meio de votações em plenário na Assembleia Legislativa. O benefício não é estendido para casos de prisões em flagrante ou crimes de natureza inafiançável.
A decisão dos ministros, por maioria, foi tomada em votação da Corte, na manhã desta quarta-feira (08).
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
O assunto foi parar no STF depois de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) movida pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), que em 2017 questionou a postura dos deputados da Assembleia Legislativa de Mato Grosso de “libertar” o colega parlamentar Gilmar Fabris (PSD), que teve a prisão decretada, sob acusação de obstrução da Justiça, na Operação Malegolge, da Polícia Federal.
Na ADI, a AMB argumentou que as imunidades formais asseguradas pela Constituição aos membros do Congresso Nacional (deputados federais e senadores) não devem ser estendidas aos parlamentares estaduais.
Ressaltou que a extensão das imunidades aos parlamentares estaduais "contraria o princípio da separação de poderes, porque autorizam as Assembleias Legislativas a sustarem ordens de prisão e a suspenderem o trâmite de ações penais, subtraindo a competência do Poder Judiciário".
Mas esse não foi o entendimento da maioria dos ministros do STF durante a votação desta quarta (8).
Ricardo Lewadowski, que votou favorável à manutenção da imunidade parlamentar aos deputados estaduais - argumentou que um dos valores da Constituição Federal é a presunção de inocência, que visa justamente evitar prisões sumárias e certos abusos cometidos pelo poder Judiciário.
Segundo ele, o STF não está defendo que parlamentar responda impunemente as acusações de corrupção, mas que a questão de presunção de inocência "não é privilégio de magistrados ou parlamentares", mas sim garantias estendidas a todos cidadãos brasileiros, por meio da Carta Magna.
Leia mais
'Cadeia não é fácil para ninguém', comenta Fabris sobre prisão de Savi
Jorge Daqui 08/05/2019
Essa trágica comédia brasileira quando vai acabar. Assim voceis MATAM o povo de tanta vergonha!
walter liz 08/05/2019
será que poderia denunciar essa suprema corte do Brasil em algum organismo internacional ? é isso, é lagosta, é vinho premiado,é Gilmar, é tudo de ruim pra ferrar o Brasil
2 comentários