MARIA JULIA SOUZA
DA REDAÇÃO
O Governo do Estado de Mato Grosso adiou o pagamento de uma nova parcela da dívida com o Bank Of America, no valor de R$ 140 milhões, que deveria ter sido quitada no dia 10 de março. Segundo o secretário de Fazenda Rogério Gallo, a medida foi possível graças a uma cláusula que permite o atraso de 30 dias. O objetivo do Governo é usar esse tempo para tentar renegociar a dívida.
São pagas anualmente duas parcelas, nos meses de março e setembro. O governador Mauro Mendes (DEM) quer que as parcelas sejam pagas sem setembro, gerando maior fôlego financeiro ao Estado. A dívida é uma herança da gestão do ex-governador Silval Barbosa.
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Além dessa negociação, há uma tentativa de vender a dívida para o Banco Mundial. Se concretizada, Mato Grosso deverá o Banco Mundial, havendo uma redução no valor das parcelas.
A despesa vence em 2022 e seria alongada por mais 20 anos. Com isso, o Governo deixaria de desembolsar US$ 70 milhões ao ano, para gastar apenas R$ 12 milhões por ano.
“O que queremos é trocar de dívida. Vamos pegar um financiamento com juros menores e prazos alongados com o Banco Mundial. Vamos passar para uma dívida mais barata e alongada”, disse Gallo, em entrevista, na manhã desta terça-feira (12), ao programa de rádio Chamada Geral.
Crise Financeira
Segundo Gallo, o Executivo virou 2018 para 2019 com R$ 2,5 bilhões em dívidas. Se atualmente fossem repassadas todas as vinculações, sobraria ao Estado 40% de cada real que arrecadam do imposto ICMS, que é a principal fonte de renda sendo insuficiente para quitar todos os débitos.
A folha de pagamento, maior 'gargalo' subiu em 76% nos últimos quatro anos. Em 2018 foram gastos 74% do orçamento total com pessoal.