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Cuiabá, 06 de Maio de 2024
06 de Maio de 2024

11 de Fevereiro de 2019, 20h:00 - A | A

POLÍCIA / QUEIMA DE ARQUIVO

Delegada quer ouvir família de empresário assassinado em Cuiabá

Apesar de considerar a hipótese de queima de arquivo prematura, a delegada responsável pelas investigações quer ouvir familiares da vítima para saber se o crime pode estar ligado ao esquema de corrupção.

RAUL BRADOCK
DA REDAÇÃO



Familiares do empresário Wagner Florêncio Pimentel, 47 anos, assassinado na noite de sábado (9), serão ouvidos na Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) nos próximos dias. 

O empresário usava tornozeleira eletrônica e era apontado pela Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz) como líder de um esquema que sonegou em torno de R$ 140 milhões em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) ao Estado de Mato Grosso.

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A delegada Jannira Laranjeiras, responsável pelas oitivas, afirma que ainda é prematuro afirmar que o assassinato tenha relação direta com as investigações da Operação Crédito Podre, que prendeu Wagner e mais 15 pessoas por sonegação fiscal. 

No entanto, o depoimento dos familiares e pessoas do círculo de amizades do empresário é necessário para a polícia concluir se ele vinha sendo ameaçado. Há suspeita de que o caso seja uma “queima de arquivo”.

RepórterMT/Reprodução

homicídio Wagner Florencio Pimentel

O assassinato aconteceu no bairro Jardim das Américas.

A execução

O assassinato aconteceu dentro de um carro Renault Sandero no Bairro Jardim das Américas, em Cuiabá. A hipótese de roubo pode ser deixada de lado em primeiro momento pelo fato de vários envelopes de R$ 1.600 em dinheiro terem sidos encontrados com a vítima. O carro também não foi roubado.

 No local, isolado e analisado pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), também foram encontradas cinco cápsulas de pistola 9mm.

Operação Crédito Podre

Na primeira fase da operação, a Justiça bloqueou mais de R$ 1 bilhão de um grupo de 16 pessoas e empresas envolvidas em um esquema de sonegação de ICMS no Estado. 

RepórterMT/PJC

Operação crédito podre

Wagner é apontado como líder de uma quadrilha acusada de sonegar cerca de R$ 140 milhões em impostos.

Na investigação, foi descoberta a constituição de mais de 30 empresas de fachada  com a finalidade de simular operações internas de venda de grãos, para criação de créditos inidôneo de ICMS. Ou seja, elas documentavam toda a operação simulada como tributada, lançando o ICMS devido, mas o recolhimento não era feito.

Para consolidação da transação, os contadores emitiam notas fiscais pelas empresas de fachada a favor das empresas, especialmente, a Genesis e a Vigor, que procediam ao pedido de autorização de crédito de ICMS, que era protocolado na Secretaria de Fazenda. O sistema da Sefaz, denominado PAC/RUC-e, promove a validação formal do crédito, checando a emissão da nota fiscal de venda.

Com o crédito validado, a organização criminosa requeria a expedição do Registro de Utilização de Crédito (RUC). Este documento formal promove a compensação do crédito devido quando da venda interestadual. A mercadoria deixa o Estado sem proceder ao recolhimento do tributo incidente.

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E agora josé? 11/02/2019

Será que as coisas vão DESANDAR pro lado do AGRO?? Será que a CPI da sonegação vai mesmo sair lá de dentro da ALMT, ou será engavetada como todas as outras??

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1 comentários

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