ANA CRISTINA VIEIRA
DA REDAÇÃO
Em entrevista ao , o empresário Júlio Flávio Campos de Miranda, presidente do Sindicato das Indústrias da Construção do Estado de Mato Grosso (Sinduscon-MT), divulgou o resultado do recém-lançado Censo de Mercado Imobiliário de Cuiabá e Várzea Grande e afirmou que "vão faltar imóveis para compra no próximo semestre".
“No ano passado, tivemos muita dificuldade nas obras da Secretaria de Educação (Seduc). A terceira secretaria estadual com maior número de obras, por conta da Operação Rêmora, quando os gestores gastaram todo o ano regularizando a situação das obras”, disse o presidente do Sinduscon.
Miranda acrescenta que a escassez de imóveis é em virtude dos baixos estoques de disponíveis e do baixo número de lançamentos ocorridos em 2016.
O empresário também comentou sobre as novas regras do programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV), anunciadas pelo Ministério das Cidades. Ele destaca que as novidades são positivas, ampliando o acesso ao programa. Serão construídas 610 mil novas unidades habitacionais no país.
“Em Mato Grosso, serão construídas pelo menos de 15 mil a 20 mil unidades, uma garantia de retomada de recursos e das obras", declarou. O novo pacote prevê, entre outros pontos, o aumento na renda salarial familiar atendida pelo programa que saltou de R$ 6, 5 mil para R$ 9 mil e também o teto de financiamento, ou seja, o quanto pode ser financiado do valor total do imóvel.
No ano passado, o segmento sentiu fortemente a situação socioeconômica do país. O principal reflexo foi o número de demissões, que colocou Mato Grosso na sexta colocação entre os que mais demitiram na indústria da construção. Foram mais de oito mil trabalhadores demitidos, no saldo entre contratações e desligamentos.
Para o presidente do Sinduscon-MT, o ano 2017 traz uma realidade diferente. As obras públicas, por exemplo, área que fomenta o setor, já apresenta indícios de retomada.
“No ano passado, tivemos muita dificuldade nas obras da Secretaria de Educação (Seduc). A terceira secretaria estadual com maior número de obras, por conta da Operação Rêmora, quando os gestores gastaram todo o ano regularizando a situação das obras”.
Júlio Flávio afirma que o cenário será outro, afinal a Seduc retomará suas obras, a Sinfra continuará com a intensidade de trabalho e a Secretaria de Cidades reativará as obras paralisadas e novos projetos.
"Além das obras públicas dos governos federal, estadual e municipal, a iniciativa privada também sinaliza novos empreendimentos, e acreditamos que vamos contratar muito mais, sendo possível até recuperar essas oito mil vagas perdidas”, destaca.
Júlio Flávio também comentou sobre a perda do incentivo do Fupis, o Fundo Partilhado de Investimentos Sociais, que vigorou até 31 de dezembro de 2016, para a construção civil.
“O fim do Fupis trouxe um aumento considerável nos custos das empresas. A gente comprava da indústria lá fora a 7% mais 3% (origem e destino da mercadoria). Agora compramos a 17%. Só que acrescentam outros impostos que encareceram muito a compra”.
Ele acrescenta que como a Reforma Tributária do Estado vai vigorar a partir de 2018, o segmento não pode esperar.
“Está sendo feito por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, da Secretaria da Fazenda e do Governo do Estado um novo incentivo para a construção civil, através de arrecadação simplificada, e acreditamos que vamos conseguir esse decreto governamental”.
Confira a entrevista na íntegra:
alexandre 22/02/2017
papo de vendedor pra valorizar, mateira paga e repetida, tem imveis sobrando sem comprador..
1 comentários