RAFAEL MACHADO
DA REDAÇÃO
O juiz Leonardo de Campos Costa e Silva Pitaluga, da Segunda Vara Criminal de Cuiabá, não autorizou o ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro a dormir, aos finais de semana, em sua fazenda em Várzea Grande.
Em fevereiro, o juiz Jorge Luiz Tadeu Rodrigues, havia autorizado o ex-bicheiro a permanecer de sexta-feira a domingo no local.
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Na decisão, proferida na última quinta-feira (11), Pitaluga disse que, caso fosse dado o benefício, abriria uma exceção a todos presos que desejam se hospedar em endereços diferentes de suas zonas de inclusão de monitoramento eletrônico.
“Quanto à permanência do apenado na Fazenda São João, de sua propriedade, situada no município de Várzea Grande, de sábado para domingo, importaria abrir uma exceção a todos os recuperandos que, por um motivo ou outro, desejam, mesma nas duas Comarcas contíguas, hospedarem-se, nos finais-de-semana, em endereços diferentes daqueles de suas Zonas de Inclusão”, diz.
"Importaria abrir uma exceção a todos os recuperandos que, por um motivo ou outro, desejam, mesma nas duas Comarcas contíguas, hospedarem-se, nos finais-de-semana, em endereços diferentes daqueles de suas Zonas de Inclusão”, diz o juiz.
Ele frisa que não negaria autorização para uma situação pontual, ou excepcional, para dormir, “mas não se recomenda autorizar aberturas de novas Zonas de Inclusão, sob pena de, aumentando o número de locais a serem monitorados, inviabilizar o monitoramento das pessoas em regime semiaberto, que estão com tornozaleiras eletrônicas”.
Por fim, o juiz cita que a fazenda é muito próxima da cidade de Várzea Grande e que o deslocamento até sua casa, no bairro Boa Esperança, em Cuiabá, não seria algo inviável, já que deve estar recolhido em sua residência a partir das 20h.
“Não pode passar sem registro que a Fazenda São João é muito próxima à zona urbana de Várzea Grande e o deslocamento do sentenciado, daquela localidade até sua residência, no horário normal de recolhimento, às 20:00 horas, depois de um dia de trabalho, não parece algo inviável ou difícil de se realizar”, pontua.
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