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Cuiabá, 07 de Maio de 2024
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27 de Agosto de 2015, 14h:20 - A | A

ESPORTES / QUEIMADA NA COLAÇÃO

Família fala em bullying, mas polícia investiga ligação com mulher de suspoto amante

Minutos antes da cerimônia de colação de grau, a estudante, já de beca, foi atingida por tinta vermelha. A Polícia ainda não identificou a agressora.

KEKA WERNECK
DA REDAÇÃO



A família fala em bullying e o delegado Simael Ferreira, da 3º Delegacia de Polícia do Coxipó, em Cuiabá, vai começar a investigar o caso da formanda agredida com tinta óleo vermelha minutos antes da colação de grau, pelo viés passional.

O delegado Simael, que assumiu o inquérito do caso, diz que vai apurar uma informação que recebeu de que ela estava tendo “um caso” com um homem casado

A estudante Sirlene Luzia Correia, de 31 anos, que cursou Administração na Universidade de Cuiabá (Unic) iria participar da cerimônia de colação de grau, no Hotel Fazenda Mato Grosso, na noite de terça-feira (25), mas já usando a beca [roupa tradicional de formatura], foi beber água quando ouviu uma mulher chamando o nome dela. Quando ela virou e foi atingida no rosto por grande quantidade tinta óleo vermelha.

O delegado Simael, que assumiu o inquérito do caso, diz que vai apurar uma informação que recebeu de que ela estava tendo “um caso” com um homem casado, sendo pai de uma filha. “Vou pedir as imagens internas ao hotel, se tiverem feito, e verificar se a mulher, ainda não identificada, é esposa dele”, informa o delegado.

“Essa agressão não tem pé nem cabeça”, afirma a prima dela, que convive com a vítima há muitos anos e afirma que ela é quieta, não é de sair e que, durante todo o curso, ela trabalhava e estudava, se esforçando muito para conseguir se formar.

Outra coisa que o delegado vai tentar conseguir é foto de algum colega ou familiar que tenha registrado a cena.

No início da semana, a vítima será intimada a depor.

Já a família de Sirlene não vê o menor sentido em associar a formanda a esse tipo de crime.

“Essa agressão não tem pé nem cabeça”, afirma a prima dela, Carolina de Oliveira, que convive com a vítima há muitos anos e afirma que ela é quieta, não é de sair e que, durante todo o curso, ela trabalhava e estudava, se esforçando muito para conseguir se formar.

"É uma moça muito inteligente, humilde, da roça e com certeza despertava inveja dos colegas, inclusive porque alguns foram reprovados. A gente vai somando uma coisa com outra e acredita que foi bullying”, comenta a prima.

“É uma pessoa de total confiança. Morou comigo. Sempre me ajuda com minha filha de sete anos, cuidando dela. Nunca foi de sair. É muito inteligente. Ia para faculdade até chovendo, pegando ônibus. Só tirava nota 9 e 10.  É uma moça humilde, da roça e com certeza despertava inveja dos colegas, inclusive porque alguns foram reprovados. A gente vai somando uma coisa com outra e acredita que foi bullying”, comenta a prima.

A formanda, após não poder participar da colação de grau, chorou muito, mas já estaria melhor, no entanto pensando em voltar para a área rural, onde a mãe dela mora.

A família pensa em processar a Unic, que não garantiu a segurança da formanda, levada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) até a Policlínica do Coxipó, com tinta tóxica, que queimou o rosto e o couro cabeludo de Sirlene.

Por meio de nota, a Unic lamentou o ocorrido. "A instituição chamou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) imediatamente após a ocorrência e esteve presente no local durante todo o atendimento emergencial em respeito à saúde da vítima".

A Unic diz ainda que "segue acompanhando o quadro clínico da aluna e permanece à disposição das autoridades locais para auxílio nas investigações do caso. Solidária neste momento com a família da vítima, a instituição reitera seu compromisso com a transparência das informações e permanece à disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais".

 

 

 

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