CAMILA PAULINO
DA REDAÇÃO
O secretário de Cidades de Mato Grosso (Secid-MT), Wilson Santos afirmou ao 
que o Governo do Estado está na expectativa de entrar em consenso com os Ministérios Públicos Federal e Estadual (MPF e MPE) e receber, nesta sexta-feira (14), a aprovação do juiz Ciro José de Andrade Arapiraca, da 1ª Vara Federal em Mato Grosso, para retomar as obras do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), quando os Ministérios devem emitir o segundo parecer sobre o acordo entre o Governo e o Consórcio VLT – responsável pela obra.
“Esperamos que haja um comum acordo entre as partes, para então prosseguir com a obra, que é algo que a população tanto quer, afinal foi gasto tanto dinheiro para isso, precisa concluir”, declarou Wilson.
“Esperamos que haja um comum acordo entre as partes, para então prosseguir com a obra, que é algo que a população tanto quer, afinal foi gasto tanto dinheiro para isso, precisa concluir”, declarou Wilson.
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O secretário voltou a reforçar que apesar de inicialmente os MP’s terem feito 26 apontamentos em discordância ao acordo da retomada das obras, todos os questionamentos foram respondidos e que um dos principais pontos do contrato, que é o valor, foi aprovado.
“No nosso contrato fechamos um acordo no valor de R$ 922 milhões e o MPE indicou um valor de R$ 920,7 milhões, portanto este ponto estamos em convergência. E estamos disponíveis para responder qualquer outro questionamento, caso tenha”, explicou o secretário que afirma já ter boa parte do recurso garantido por meio de empréstimo de R$ 800 milhões que espera fazer junt à Caixa Econômica Federal.
O Governo agora espera manter o diálogo junto aos Ministérios para que o acordo do VLT possa ser então aprovado por todas as partes.
“O juiz [Ciro Arapiraca] sempre se posiciona favorável ao acordo, então creio que assim que os MP’s derem parecer favorável, teremos a decisão da Justiça em prol da retomada das obras”, destacou Wilson reforçando que as obras só devem iniciar após aprovação judicial.
O novo acordo foi fechado em R$ 922 milhões para a conclusão da obra – parada desde 2014 - e a previsão de entrega é até maio de 2019.
Outro lado
A reportagem tentou contato com os Ministérios Públicos Federal e Estadual, mas ninguém se posicionou sobre o relatório.
Obras do VLT
As obras do VLT iniciaram em agosto de 2012 e deveriam ter sido concluídas em junho de 2014, antes do início da Copa do Mundo em Cuiabá.
Porém devido aos sucessivos atrasos a gestão anterior do Executivo fez um aditivo, com previsão de término para 31 de dezembro daquele ano.
Contudo as obras foram paralisadas antes deste prazo, já que o Estado não realizou os pagamentos solicitados pelo consórcio.
Desde então, a gestão do governador Pedro Taques (PSDB) enfrenta uma batalha judicial por conta de erros encontrados nas obras e até mesmo no contrato.
Ao todo, o VLT deve custar R$ 1,066 bilhão. O Estado já pagou R$ 550 milhões da dívida que fez para iniciar as obras.
Os vagões chegaram à Cuiabá em 2014 e apesar de certa deteriozação, o secertário diz que estão em plenas condições de uso.
O acordo entre o Governo e o Consórcio VLT previa que as obras iniciassem em maio deste ano e o cronograma inicial previa que a primeira etapa da linha 1 seria entregue em março de 2018, no trecho entre o Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande até a estação do Porto, em Cuiabá.
Depois, até dezembro de 2018 deverá ser entregue o trecho completo da linha 1, em um total de 15 quilômetros, entre o aeroporto e o Terminal do Comando Geral da PM, em Cuiabá.
Já a linha 2, que compreende o trecho de 7,2 km, entre a avenida Tenente Coronel Duarte (Prainha) e o Parque Ohara, no Coxipó, está previsto para ser entregue até maio de 2019.
