facebook-icon-color.png instagram-icon-color.png twitter-icon-color.png youtube-icon-color.png tiktok-icon-color.png
Cuiabá, 06 de Maio de 2024
06 de Maio de 2024

23 de Setembro de 2019, 18h:15 - A | A

PODERES / DEPOIMENTO EM CPI

Presidente da Amaggi revela operações em paraísos fiscais e nega sonegação em MT

O presidente do grupo Amaggi Judiney Carvalho foi ouvido pelos deputados da comissão que apura sonegação e renúncia fiscal no Estado.

RAFAEL MACHADO
DA REDAÇÃO



O presidente executivo do grupo Amaggi, Judiney Carvalho, negou as acusações de que a empresa deixou de pagar o Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab). Ele afirmou ainda que o grupo, assim como todo o setor, possui operações em paraísos fiscais.

Ele foi ouvido pelos membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) Sonegação e Renúncia Fiscal, na Assembleia Legislativa, na tarde desta segunda-feira (23).

>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão

Carvalho destacou que desde 2008 até hoje, o grupo já pagou aproximadamente mais de R$ 500 milhões.

“Nos últimos cinco anos a Amaggi pagou aproximadamente R$ 358 milhões de Fethab e desde que o Fethab foi instituto, anos atrás a alíquota era menor, e a empresa fazia menos volume e é obvio que para trás os valores eram um pouco menor. Se você quiser pegar ano a ano, nos últimos cinco anos, nós temos aí em 2019 até agora já foram pagos R$ 125 milhões de Fethab. Em 2018 foram pagos R$ 104 milhões, em 2017 foram pagos R$ 87 milhões, em 2016 R$ 35 milhões de Fethab”, detalhou aos deputados.

O presidente ainda desmentiu informações de que a Amaggi teria deixado de contribuir com o fundo durante o Governo Blairo Maggi (PP). Ele disse que a empresa é bastante fiscalizada e que, caso não tivesse pagado o Fethab, já teria sido penalizada.

O deputado Nininho (PSD), membro da CPI, questionou o presidente executivo sobre denúncia de que o grupo, quando compra produtos de terceiros, desconta o Fethab e não repassa ao governo. Carvalho reagiu dizendo que a informação é absurda.

“É bastante triste essa colocação porque, ela é absurda. Não tem menor cabimento, isso é crime de apropriação indébita. A Amaggi é uma empresa bastante fiscalizada, tem bastante fiscalização em cima dela, em todos os níveis, principalmente no estadual, e se tivesse alguma coisa nesse sentido você pode ter certeza que nós estaríamos com problemas lá atrás”, questionou.

O presidente da Comissão, deputado Wilson Santos (PSDB), questionou se o grupo faz remessa ilegal de recursos para paraísos fiscais, caso que segundo o tucano veio à tona após a deflagração da Operação Peculio, em Foz do Iguaçu (PR). Ele afirmou que a Amaggi tem operações em paraísos fiscais, no entanto, negou qualquer ilegalidade. 

"Para operacionalizar a empresa, tem paraísos fiscais, é o setor inteiro, não só Amaggi. O setor inteiro trabalha dessa forma, é assim que as empresas funcionam", disse o presidente que citou que a empresa tem paraíso fiscal nas Ilhas Virgens Britânicas. 

"Não é a parada do dinheiro. Você exporta mercadoria para essa empresa que exporta para o comprador final e o dinheiro vem. Isso é uma forma de você ter flexibilidade na operação. É bastante técnico. Todas essas operações, todas essas informações estão todas no nosso balanço 100%, que é auditado pelo fisco federal, estadual", assegurou.

Comente esta notícia