CAROL SANFORD
DA REDAÇÃO
O Ministério Público Eleitoral (MPE) pediu a cassação do deputado estadual Jajah Neves (PSDB) e do seu irmão Ademar Jajah, que foi eleito vereador em Várzea Grande, nas eleições de 2016.
O parecer do promotor Luciano Freiria de Oliveira, da 20ª Zona Eleitoral, foi expedido na quinta-feira (9).
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Conforme Oliveira, não há dúvidas de que ficou comprovado o abuso de poder econômico, uma vez que o candidato a vereador utilizou imagens do irmão, que é apresentador de programa televisivo, com o objetivo de confundir o eleitor.
Ele ainda afirmou que a tese de fraude eleitoral não pode ser descartada. Durante o período eleitoral, Ademar utilizou santinhos com o nome “Ademar Jajah” e vestia roupas parecidas com as do irmão.
A ação foi proposta pelo suplente de vereador Joaquim Antunes de Souza e, se for julgada procedente pelo juiz responsável, Ademar poderá perder o mandato de vereador e os direitos políticos, ficando inelegível por oito anos.
Jajah, que assumiu o mandato como deputado estadual com a nomeação do titular da vaga, Wilson Santos (PSDB), para a Secretaria de Estado de Cidades, ficaria inelegível por oito anos, porém teria o mandato preservado.
Em outubro, durante o período eleitoral, os irmãos foram condenados pela Justiça Eleitoral ao pagamento de multa de R$ 50 mil cada um, por conta do derrame de santinhos, no dia da eleição municipal, em Várzea Grande, em 2 de outubro.
Chamou a atenção o fato de ambos terem induzido o eleitor ao erro, porque o material continha a foto do suplente, como se fosse ele o candidato.
Além do derrame de materiais gráficos, o MP alegou que Jajah Neves fez uso de sua imagem no santinho em favor do irmão, de modo a induzir o eleitor ao erro, pensando estar votando em um candidato quando, na realidade, estaria votando em outro.
À época, Jajah afirmou que as irregularidades nos santinhos eram “equívocos” e declarou como “totalmente legítimo” que ele demonstrasse apoio ao irmão.
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Cuiabano 10/02/2017
Parabéns ao MP.
1 comentários