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Cuiabá, 14 de Maio de 2024
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27 de Maio de 2017, 18h:00 - A | A

PODERES / CARTEL E DESVALORIZAÇÃO

Eraí Maggi afirma que JBS atua de forma criminosa em Mato Grosso

Membro do Conselho da República, órgão auxiliar e consultivo do presidente Michel Temer, o megaempresário fala dos prejuízos causados pelo grupo JBS ao Estado e ao país.

CAROL SANFORD
DA REDAÇÃO



O megaempresário Eraí Maggi, maior produtor de soja do mundo, que vem investindo também em produção de carnes especiais e desde fevereiro ocupa uma vaga no Conselho da República, órgãos auxiliar e consultivo do presidente Michel Temer (PMDB), afirmou à imprensa que o grupo JBS S/A prejudicou o país, não apenas pelas delações dos irmãos Joesley e Wesley Batista, na Operação Lava Jato, donos da empresa, mas também pelo que chamou de “formação de cartel”.

“O que eles fizeram em Mato Grosso é criminoso e está dando muito prejuízo aos produtores do Estado. Eles alugam frigoríficos que estão em pleno funcionamento e os fecham. Com isso, os produtores precisam, muitas vezes, andar mais de 500 quilômetros para abater o gado. Isso é formação de cartel”, acusou Eraí.

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Ele explicou que a busca por locais de abate distantes das fazendas acabam diminuindo o preço da arroba do boi.

“Tenho certeza de que o preço da carne poderia ser de 10% a 15% maior para os produtores, porque a ‘andança’ em busca de frigoríficos acaba machucando o boi nas beiras da carroceria dos caminhões, o boi perde peso. Isso ‘achata’ o preço e temos um prejuízo muito grande, não só em Mato Grosso, mas nos Estados do Pará, Goiás e Tocantins também”, afirmou o produtor.

“Tenho certeza de que o preço da carne poderia ser de 10% a 15% maior para os produtores, porque a ‘andança’ em busca de frigoríficos acaba machucando o boi nas beiras da carroceria dos caminhões, o boi perde peso. Isso ‘achata’ o preço e temos um prejuízo muito grande”, afirmou o produtor.

Para ele, as delações dos donos da JBS foram “uma sacanagem das grandes”.

“Se o presidente errou, quem vai definir é a Justiça. Mas eles [irmãos Batista] prejudicaram o país que estava andando bem. Foi uma sacanagem das grandes o que eles fizeram”, pontuou.

Entenda o caso

A notícia da delação premiada da JBS não trouxe apenas turbulências políticas: em 18 de maio, dia seguinte à revelação da gravação feita por Joesley Batista de uma conversa com Temer, o dólar disparou e a Bovespa despencou - a ponto de o pregão precisar ser momentaneamente interrompido por conta da volatilidade, que atingiu níveis preocupantes.

Segundo fontes da imprensa financeira, a J&F, a holding que controla a JBS, teria se posicionado para comprar, via corretoras, uma grande quantidade de dólares (estimada em mais de US$ 1 bilhão) no mercado futuro, poucas horas antes de a notícia da gravação de Joesley vir à tona.

Após a divulgação do conteúdo da conversa e as delações dos executivos da JBS, houve uma súbita valorização do dólar, em relação ao real, que superou 8% em um só dia, algo que não ocorria desde a maxidesvalorização da moeda nacional, em janeiro de 1999.

E no mês anterior, de acordo com o jornal Valor Econômico, os controladores da JBS venderam o equivalente a R$ 327,4 milhões em ações da empresa ao longo de seis dias. Alguns dias depois, a JBS comprou 19,3 milhões de ações da própria empresa - cerca de 60% dos papéis que tinham sido vendidos pelos controladores.

Em pronunciamento, o presidente Michel Temer chegou a acusar os irmãos Batista de terem cometido o "crime perfeito".

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pedro paulo 05/06/2017

Quem tem janela de vidro não pode atirar pedras!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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Lainson Rodrigues Assis 28/05/2017

Criminosa e vergonhosa essa delalaçao eles tem que pagar pelos crimes cometidos no país espero que eles retornem ao Brasil presos. Já que o mair faturamento deles hoje e em outros países com dinheiro pago do contribuinte honesto.

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2 comentários

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