facebook-icon-color.png instagram-icon-color.png twitter-icon-color.png youtube-icon-color.png tiktok-icon-color.png
Cuiabá, 06 de Maio de 2024
06 de Maio de 2024

14 de Julho de 2017, 20h:44 - A | A

PODERES / PROBLEMAS DE SAÚDE

Delegado anuncia afastamento de investigações sobre grampos ilegais

Em comunicado no Facebook, o delegado Flávio Stringueta atribuiu o pedido de afastamento do cargo e das investigações que apura esquema de arapongagem no Estado por problemas de saúde.

RAFAEL DE SOUSA
DA REDAÇÃO



O delegado da Polícia Civil Flávio Stringueta comunicou em sua página no Facebook, na noite desta sexta-feira (14), seu afastamento do cargo e, consequentemente, das investigações do esquema de grampos ilegais no âmbito da Polícia Militar de Mato Grosso.

No comunicado, que foi compartilhado juntamente com fotos de exame e atestado médico, o delegado atribuiu o afastamento a problemas de saúde.

>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão

“Estou com uma doença auto-imune, incurável e crônica, que, para o seu controle, necessita de um ambiente tranquilo, sem picos de estresse. Chama-se doença de chron. Ela provoca sangramentos intestinais e, consequentemente, anemia. Como se pode ver no documento anexo, a anemia já está bastante forte”, explicou o delegado.

Stringueta também disse que sentiu a necessidade de expor a vida privada para evitar especulações sobre sua permanência nas investigações que apuram o esquema de “barriga de aluguel”.

“Não estou me afastando por decisão própria, mas por recomendação médica. Não estou saindo porque recebi algum tipo de intimidação ou revés nas investigações, mas por falta de condições físicas de atender bem ao que me foi atribuído. E a sociedade necessita de alguém em melhores condições para trazer à tona as verdades desses fatos”, argumentou.

No caso das investigações das escutas ilegais, Stringueta era responsável pelas diligências determinadas pelo relator do processo no Tribunal de Justiça (TJ), Orlando Perri.

No último dia 6 de junho, o delegado encaminhou um ofício ao TJ, recebido da Procuradoria Geral de Justiça, assinado pelo  procurador-geral de Justiça Mauro Curvo, que solicita o compartilhamento de todas as informações e documentos a cerca das investigações em curso sobre o esquema de escutas telefônicas clandestinas, que seriam monitoradas por policiais militares, inclusive por meio do "Sistema Guardião" operado no Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado).

No documento, o procurador-geral apontou "afronta" à legislação, por parte do delegado que não poderia conduzir investigação que supera sua competência, já que a ação incluiria pessoas com foro privilegiado, e estipulou um prazo de 24 horas para que Stringueta se posicionasse a cerca documento. O delegado, por sua vez, considerou a mensagem do ofício como intimidadora e remeteu o documento para apreciação do desembargador Orlando Perri, que é responsável pela condução do inquérito no Judiciário (veja aqui).

Veja a postagem do delegado

 

stringueta.jpg 

 

 

 

 

 

Comente esta notícia