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Cuiabá, 07 de Maio de 2024
07 de Maio de 2024

14 de Agosto de 2017, 16h:45 - A | A

PODERES / ERA RIVA

Cabo preso por grampos ouviu trama sobre desvio de R$ 16 milhões

O policial está preso no Centro de Custódia de Cuiabá por suspeita de participação em grampos da PM, no entanto, nesta segunda-feira (14), ele prestou depoimento como testemunha do MP da Operação Metástase.

DA REDAÇÃO



O cabo da PM Gerson Luiz Correa Júnior confirmou em depoimento à juíza Selma Rosane Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, na tarde desta segunda-feira (14), que acompanhou, por meio de escutas telefônicas, a trama que desviou R$ 1,7 milhão na Assembleia Legislativa, entre os anos de 2011 e 2014, conforme apura investigação da Operação Metástase.

O cabo, que atualmente está preso por participar de um suposto esquema de arapongagem, no âmbito da Polícia Militar do Estado, foi ouvido na condição de testemunha do Ministério Público Estadual (MP) porque à época era um dos agentes que participou das interceptações telefônicas, que culminaram na Operação Metástase.

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O militar contou que os ex-chefes de gabinete do ex-presidente da Assembleia, José Riva, “Geraldo Lauro e Maria Caramelo eram os líderes do esquema que contava com a participação do ex-deputado”. 

Gerson explicou que os acusados “se reuniram para ajustar os depoimentos e tratar dos desvios”. No entanto, o cabo negou ter realizado grampos por meio do esquema conhecido como “barriga de aluguel”.

"Perguntando pelo defensor Neyman Monteiro se ele interceptou o policial identificado como Grego, o militar nega, mas em seguida, confirma ter ouvido apenas que um empresário com esse codinome", consta em trecho de depoimento do militar.

"Eu fazia um filtro apenas com os resumos do que ouvi. Depois encaminhava ao meu superior que é o promotor ou delegado", afirmou.

Investigação

A Operação Metástase foi deflagrada em 2015 após a Justiça descobrir um suposto esquema  com a participação de servidores responsáveis por receber verbas de suprimento por meio de fraudes e 'blindar' o ex-deputado José Riva.

Os então chefes de gabinete Maria Helena Caramelo e Geraldo Lauro agiam a mando de Riva e, por isso, determinavam os assessores do gabinete que sacassem mensalmente os valores das verbas e os repassassem.

O dinheiro, segundo MP, era utilizado para pagamentos de formaturas, massagistas, velórios, jantares, entre outros.

 

 

 

 

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