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Cuiabá, 26 de Abril de 2024
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10 de Fevereiro de 2012, 09h:13 - A | A

OPINIÃO / ONOFRE RIBEIRO

Líderes perdidos

ONOFRE RIBEIRO



Em recente artigo sobre o silêncio do ex-governador agora senador Blairo Maggi, publicado aqui neste espaço, prometi lembrar lideres políticos mato-grossenses perdidos nos últimos anos. Naquele momento, o senador Maggi andava amuado e falava até em deixar a política, ferido pelas críticas que vinha recebendo. Felizmente ele já começou a falar e até autorizou o seu partido, o PR, a semear a ideia de uma candidatura sua ao governo em 2014.

Caso Blairo Maggi se afastasse da política, seria a perda de uma liderança construída ao longo dos últimos 10 anos, com três disputas eleitorais, ao governo em 2002, 2006 e a senador em 2010. Mas não seria o único líder a ter a sua carreira interrompida. Gostaria de lembrar alguns, ao longo dos últimos 30 anos. Primeiro, com a separação de Mato Grosso do Sul, os três senadores eram de lá, assim como quatro dos deputados federais e 12 dos 24 estaduais. Porém, três líderes muito importantes foram perdidos para o Mato Grosso remanescente: os ex-governadores Pedro Pedrossian e José Fragelli, ambos sulistas, e José Garcia Neto, nortista, derrotado a uma das duas vagas para o Senado em 1978.

Naquela eleição, o deputado federal Benedito Canellas teve uma enorme votação para o Senado que durou um único mandato. Aos poucos foram se perdendo líderes eleitos, como os senadores Vicente Vuolo, Louremberg Nunes Rocha, Gastão Muller, Serys Slhessarenko, os deputados federais Osvaldo Sobrinho, Bento Porto, Rodrigues Palma, Bento Lobo, Antonio Joaquim, Gilney Viana, Norberto Schwants, José Amando Barbosa, os deputados estaduais Milton Figueiredo, Zanete Cardinal, Roberto França, Alves Ferraz, Oscar Ribeiro, Ricardo Correa, Hilton Campos, Jorge Yanai, José Arimateia, Moisés Feltrin, todos com brilhante atuação parlamentar e política no estado.

Mas não foram os únicos. O ex-senador José Marcio de Lacerda, vice-governador de Dante de Oliveira, no primeiro mandato (1995 a 1998), foi outra importante liderança histórica que se afastou prematuramente da política. Duas recentes, porém, são muito relevantes para serem esquecidas. O ex-governador Dante de Oliveira, de dois mandatos e uma histórica participação como autor da emenda das Diretas-Já, que marcou o início do fim da ditadura militar. E o senador Jonas Pinheiro, um fiel na balança da política estadual, moderado e conciliador. Ele e Dante morreram.

A última liderança mato-grossense perdida, foi o ex-diretor do DNIT, Luiz Antonio Pagot, engolido nas tramas da corrupção política que sempre usou o órgão como escada para o financiamento de eleições, até recentemente um feudo da política de Minas Gerais.

Mas não se pode esquecer do ex-senador Antero Paes de Barros, com uma relevante história construída desde vereador nos anos 80 e duas vezes candidato a governador, hoje com pouco apetite eleitoral. A todos esses nomes acrescem ainda líderes políticos sem voto como Zelito Figueiredo, Nhonhô do Tamarineiro, Fiote Domingos de Campos, entre tantos.

Muitos nomes mais fariam parte desta lista, porém, seria o caso de recordar que esse pouco caso mato-grossense com muitos desses líderes citados que são deixados de lado, alguns por vontade própria e outros não, acaba por jogar no lixo muito investimento em expectativas políticas. Curiosamente, em Mato Grosso do Sul, muitos daqueles pioneiros da divisão, ainda estão na ativa e o estado lá agradece a sua experiência. Perdoem-me pelos nomes esquecidos!

Onofre Ribeiro é jornalista em Mato Grosso
[email protected]

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ESCOSTA 10/02/2012

Meus parabens Sr; Onofre Ribeiro, pela viagem tão importante lá nos tempos atras destas historias tão reais,que p/mim me fez e faz tão bem, que venho eu guardar essa historia para o meu conhecimento ao amanhã.muito obrigado pelas sua experiências de vida.

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1 comentários

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