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Cuiabá, 27 de Abril de 2024
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17 de Novembro de 2012, 08h:14 - A | A

OPINIÃO / WILSON CARLOS FUÁ

Faxina Existencial

“Percorrer um caminho significa abandonar outros”

WILSON CARLOS FUÁ



Fazer aniversário ou comemorar aniversário, é um momento que mexe com o nosso emocional, recebemos presentes e cumprimentos de todas as formas, são felicitações e desejos de vida longa. Ao acordar, nos sentimos agradecidos por estarmos vivos, saudáveis e felizes, por isso é um dia especial. Uns costumam chamar de passagem de anos, outros dizem é o aniversário da sua existência, mas com o passar dos anos, essa data se transforma em um momento de recordações e reflexões.


Muitos usam esse momento da vida para fazer faxinas  nas suas lembranças e no seu interior, é o momento exato para se desfazer de alguns relacionamentos ou reiniciar outros, ou mesmo desfazer de muitas coisas, pois talvez elas estejam  ocupando espaços desnecessariamente e atrapalhando novas conquistas e realizações. É no dia do nosso aniversário, o momento ideal para revermos tudo aquilo  que por muitos anos fomos acumulando, tudo que víamos como desejo de possuir e fomos levando para o nosso interior e armazenando durante toda a  vida. 


Dia do nosso aniversário é o dia ideal para a faxina existencial, de repensar e recomeçar, rever a importância de cada coisa conquistada ou cada meta alcançada, talvez jogando fora aquilo que não sirva mais e ou aquilo que nos atrapalhe,  fazendo isso teremos uma sensação  de alívio  na sequência  do nosso viver,  talvez sem  esse peso a nossa vida pode até mudar de sentido, ou ficar mais leve,  por isso é importante que no dia do nosso aniversário além de ser uma data festiva, também seja utilizada como o dia da limpeza da alma, não a deixe para o ano que vem,o importante é nos desfazer desses pesos e angústias, porque senão seu espelho refletirá imagens cansadas e indefinidas.


Ficar olhando no retrovisor é não querer abrir as portas do desconhecido, crer no futuro é elevar a alma, porque todas as buscas libertam-nos do passado, errar ou acertar faz parte do aprendizado real, e o irreal faz parte do nosso sonho e do nosso sonho é que direcionamos o subconsciente. Todos nós somos dotados do poder e da faculdade de acreditar na evolução que é a escola da alma e que de certa forma é o combustível do nosso viver.


A rotina nos cega e não vemos  que cada etapa da vida funciona como degraus rumo a existência evolutiva, para tanto temos que ultrapassar obstáculos e saber interpretar os sinais, mas muitas vezes ficamos tão cegos e obstinados por algo que não percebemos que talvez estejamos no caminho errado e aquela mensagem que veio nos direcionar  na sintonia do real caminho que sempre procuramos, deixamos passar despercebidamente. O futuro é a razão do desconhecido, mas também a força do nosso próprio íntimo, e só iremos descobri-las se tentarmos fazer valer a necessidade de prolongar a nossa existência, pois estes são uns dos nossos maiores mistérios: os desejos dos inalcançáveis ou dos impróprios.


Mais um ano completado, e daí? Os anos não pesam para aqueles que sabem que o tempo e a hora certa de mudar de rumo é possível, por essa razão nossa vida é tão maravilhosa e surpreendente, as oportunidades tem tudo a  ver com o querer correr o risco, ou viver em forma de esperanças intermináveis, pois eu sou um daqueles que quando acordo logo depois de mais um aniversário,  não me arrependo do que não fiz, mas terei sempre o prazer de saber que ainda existe muito por fazer e aprender, porque o dia que eu achar que já sei tudo, e já fiz tudo, a minha existência perderá o significado.


Durante o aniversário de um pensador que nasceu  exatamente no meio do mês de novembro, e que está um pouquinho antes do último referencial do chamado final de ano,  carrega sempre consigo as dúvidas que para ele são necessárias e às vezes  admiráveis, porque “esses caras” sabem que:  “percorrer um caminho significa abandonar outros”.


O dia do meu aniversário, é especial,  é gostoso, é importante porque eu sempre soube apreciar os sorrisos sinceros de gratidão daqueles que me amam, não pelo que  lhes fiz, mas pelo que eu sou.


Economista Wilson Carlos Fuá – É Especialista em Administração Financeira, Recursos Humanos e Consultor Política/Social. Fale com o Autor: [email protected]        

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