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Cuiabá, 05 de Maio de 2024
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13 de Janeiro de 2016, 08h:57 - A | A

NACIONAL / OPERAÇÃO LAVA JATO

Janot diz que Lula deu 'ascendência' a Collor na BR Distribuidora

Segundo o procurador, objetivo de Lula era garantir apoio no Congresso. Janot escreve ainda que Collor usou subsidiária para cobrar propinas.

Do G1, em Brasília



O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou ao Supremo Tribunal Federal que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu "ascendência" ao senador Fernando Collor sobre a BR Distribuidora em troca de apoio político no Congresso. A BR Distribuidora é uma subsidiária da Petrobras. A declaração de Janot está na peça de denúncia contra o deputado Vander Loubet (PT-MS) que o procurador enviou ao tribunal em dezembro de 2015.

"Após o fim do período de suspensão de direitos políticos, Fernando Affonso Collor de Mello retornou à vida pública. Na condição de senador pelo Partido Trabalhista Brasileiro do Estado de Alagoas (PTB-AL), por volta do ano de 2009, em troca de apoio político à base governista no Congresso Nacional, obteve do então Presidente da República, Luís Inácio Lula da SilvaI ascendência sobre a Petrobras Distribuidora- BR Distribuidora", escreveu Janot.

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O procurador afirma ainda que o ex-ministro do governo Collor Paulo Leoni Ramos era o agente do senador nos negócio relativos àBR Distribuidora. Janot afirma que Collor e Leoni usaram a subsidiária para cobrar propinas e ocultar pagamentos ilegais.

"Em nome de Fernando Affonso Collor de Mello, Pedro Paulo Bergamschi de Leoni Ramos realizou os principais contatos na sociedade de economia mista, operacionalizou negócios em favor de empresas privadas, cobrou vantagens indevidas e adotou estratégias de intermediação e ocultação da origem e do destino da propina relacionada a tais contratos", continuou o procurador na denúncia enviada ao STF.

Segundo Janot, Pedro Leoni Ramos é o "principal operador" do esquema na BR Distribuidora. Janot escreve ainda que o ex-ministro é amigo pessoal de Collor e repassava propina ao senador.

"Ele [Leoni] era o responsável por articular todos os núcleos da organização criminosa implantada na sociedade de economia rnista, promovendo os contatos e acertos entre os diretores e funcionários de alto escalão da BR Distribuidora de um lado, e as empresas contratadas e os empresários beneficiados, de outro, bem como planejando e realizando o recebimento direto da propina e o seu posterior repasse ao senador Fernando Collor de Mello, do PTB, e também a outros parlamentares, especialmente ao deputado federal
Vander Luis dos Santos Loubet, do PT", disse o procurador-geral.

O poder de Collor sob a BR Distribuidora foi citado também no depoimento de delação premiada do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. No depoimento, que veio à tona nos últimos dias. Cerveró afirmou que Lula concedeu espaço para que o senador Fernando Collor pudesse ter influência para indicar diretores da BR Distribuidora.

PT

O procurador ressalta que Leoni Ramos repassava "vantagens indevidas" para o PT, em especial para Loubet.

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