DA REDAÇÃO
Recursos previstos no Orçamento Geral da União destinados a obras rodoviárias em Mato Grosso foram remanejados pelo Ministério da Infraestrutura para atender “outras prioridades”, por meio de Portaria do Ministério da Economia e Planejamento.
O ato, publicado no Diário Oficial da União, foi questionado pelo senador Wellington Fagundes (PL-MT) junto ao ministro Tarcísio de Freitas, nesta terça-feira (25), durante audiência pública realizada na Comissão de Infraestrutura do Senado.
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Ao todo, foram remanejados R$ 26,5 milhões das obras em Mato Grosso. De acordo com a Portaria 144, foram retirados recursos para a duplicação da BR-163 no trecho entre Rondonópolis e Cuiabá, no valor de R$ 8.043.012,00; do contorno de Barra do Garças, no valor de R$ 10 milhões; e, para construção da BR-158, contorno da Reserva Indígena Marãiwatsédé, no valor de R$ 8.535.699,00.
O ministro de Infraestrutura disse que, diante da crise fiscal, se deu a necessidade de fazer remanejamentos para “priorizar algumas obras”.
“Não posso concordar com essa definição. É um absurdo. Essa situação vai inviabilizar tudo que temos trabalhado”, destacou o senador, que se disse ‘muito surpreso’ com a publicação.
O ministro de Infraestrutura disse que, diante da crise fiscal, se deu a necessidade de fazer remanejamentos para “priorizar algumas obras”.
Ele explicou aos senadores presentes na Comissão de Infraestrutura do Senado que o reajuste foi definido através de critérios das condições das obras.
“Estamos tentando desvestir um santo para vestir o outro”, disse o republicano.
Freitas afirmou que “mais à frente” haverá novos remanejamentos, garantindo os recursos previstos no Orçamento para as obras.
“Estamos tentando desvestir um santo para vestir o outro”, disse o senador Wellington Fagundes.
Presidente da Frente Parlamentar Mista de Logística e Infraestrutura, Fagundes lembrou que a retirada de recursos da BR-163 é preocupante, uma vez que trata-se de uma rodovia de grande movimento de carretas e caminhões e uma das que mais ocorrem acidentes frontais.
Ele também lamentou o remanejamento de R$ 10 milhões previstos para as obras do contorno viário de Barra do Garças. Lembrou que, há poucos dias, o presidente Jair Bolsonaro esteve no município mato-grossense lançando projeto de grande repercussão ambiental. Na ocasião, foi lançado o edital para obras de drenagem e encabeçamento das pontes do contorno. A conclusão desse empreendimento é apontada como a maior prioridade da população de Barra do Garças, Pontal do Araguaia, em Mato Grosso, e de Aragarças, em Goiás, que recebem todo o fluxo de carretas e caminhões da BR-070, cortando o centro das três cidades.
No caso da BR-158, da qual foram retirados pouco mais de R$ 8,5 milhões, Fagundes reafirmou ser contrário à retomada do projeto de traçado original, cortando a reserva dos índios Xavantes.
“Vamos gastar dois, três, quatro anos para o início das obras”, previu, ao lembrar que para o traçado não existem sequer licenças ambientais emitidas, ainda.
Beto Nunis 26/06/2019
Recursos para duplicação da BR-163? E aquele monte de pedágios que a gente paga? Para que ralo está indo o dinheiro? E o conserto das rodovias estaduais?
1 comentários