RAUL BRADOCK
DA REDAÇÃO
O casal de advogados Péricles Campos e Paula da Mata relatou ter sofrido ameaças de morte, por parte de pessoas do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Correios, Telégrafos e Serviços Postais de Mato Grosso (Sintect).
Conforme noticiado pelo , na noite do domingo (02), a Polícia Militar prendeu o presidente do sindicato Edmar dos Santos Leite, o diretor Everaldo Nunes de Souza e outros quatro sindicalistas após confronto, quando a polícia invadiu uma festa por pertubação da ordem, devido ao barulho de som alto e gritaria.
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Os advogados são vizinhos da sede do sindicato, onde havia a festa em que o barulho incomodava os moradores da região. Eles tentaram que os participantes da festa baixassem o volume do som, mas não houve entendimento e então chamaram a polícia e por isso teriam sido ameaçados no local e depois, na saída da delegacia.
“Tive que ficar até 13h na delegacia por conta disso e, na saída, fomos cercados por parentes e outros sindicalistas, que fizeram novas ameaças”, disse o advogado.
“Tive que ficar até 13h na delegacia por conta disso e, na saída, fomos cercados por parentes e outros sindicalistas, que fizeram novas ameaças”, disse o advogado, ao , na tarde desta segunda-feira (03).
Durante a noite de domingo a polícia chegou a ir três vezes no local pedir que baixassem o volume do som e sempre que os policias saíam, de acordo com os advogados, os sindicalistas faziam ameaças.
“Nós estamos aqui de passagem, mas vocês estão fixos, são fáceis de encontrar”, diziam, conforme o boletim de ocorrência.
“Nós estamos aqui de passagem, mas vocês estão fixos, são fáceis de encontrar”, diziam, conforme o boletim de ocorrência.
O advogado relatou que está com receio de voltar para casa, pois no local também funciona o escritório de trabalho dele e da esposa.
“Eu não sei como vai ser daqui para frente, pois não dá para simplesmente arrumarmos as malas e sair. Já entregamos cartões de visita com o endereço e não dá para sair assim”, disse.
Soltura
De acordo com a Polícia Civil, os seis sindicalistas foram liberados, após cada um pagar fiança de R$ 1.000,00.
“Os conduzidos Edmar, Everaldo e J., autuados por perturbação do sossego alheio, resistência e ameaça. Os outros três, L., D., e J., foram autuados por pertubação do sossego alheio e resistência”.
Confusão
Na última tentativa de dialogar com os responsáveis pela festa, os policiais alegam que o volume do som não foi baixado e os sindicalistas passaram fazer chacotas e desacatar os militares. Os policiais pularam a grade do sindicato para prender os responsáveis em flagrante.
Dentro da sede do sindicado, os participantes reagiram no momento da prisão e entraram em confronto com a PM. Foi necessário uso de spray de pimenta e, inclusive, tiros de alerta para conter os ânimos.
A situação terminou na Central de Flagrantes, onde o caso foi registrado.