RAUL BRADOCK
DA REDAÇÃO
O decreto da prefeita Lucimar Campos (DEM), determinando que a cidade irá seguir as regras estipuladas pelo governo federal, gerou confusão na cidade e alguns comerciantes abriram as portas na manhã desta segunda-feira (23).
Acontece que o decreto federal, do presidente Jair Bolsonaro, não determina o fechamento de comércio. Ainda assim, o comitê de enfrentamento de VG já tinha o entendimento de que os comerciantes deveriam fechar.
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Em contato com o , a prefeitura informou, via assessoria, que um novo decreto será baixado nesta segunda-feira (23) determinando que o comércio feche as portas na cidade a partir de terça-feira (24).
A reportagem também conversou com a Polícia Militar. De acordo com um subtenente do 25º Batalhão, as equipes estavam em dúvida se mandavam ou não os comerciantes fecharem as lojas.
Uma loja de colchões, no bairro Cristo Rei, que é a região mais populosa da cidade, por exemplo, abriu as portas nesta segunda-feira.
“Muitos fecharam por conta, mas alguns abriram e recebemos a denúncia. Mas como chegar ao estabelecimento e mandar fechar sem a lei? Claro que o trabalho de orientação continuou e foi isso que fizemos”, disse o subtenente.
Ao adotar as medidas do governo federal, Lucimar apontou justamente o conflito de determinações entre os poderes.
“Existem muitas decisões sendo tomadas e isto acaba, ao nosso ver, provocando conflitos de interpretação e como Várzea Grande procura o melhor caminho para atender aos anseios da população, decidimos centralizar nossas decisões, sem, no entanto, abrir mão de nossas prerrogativas enquanto Poder Executivo, no que foi decidido pelo presidente da República e pelo governo do Estado”, havia pontuado a prefeita.
O novo decreto deve autorizar apenas que serviços essenciais funcionem na cidade nesse período de quarentena, como postos de combustíveis, supermercados e farmácias.
Em Cuiabá, restaurantes e lanchonetes estão autorizadas a trabalhar somente com entregas.
COVID-19 em MT
Várzea Grande já tem um caso de coronavírus confirmado oficialmente pelo Laboratório Central do Estado (Lacen). O Lacen também confirmou um caso em Cuiabá. Há outros três casos confirmados por laboratórios particulares no Estado esperando a contraprova do Lacen, sendo dois em rondonópolis e um em Cuiabá.