MAYARA MICHELS 09h49
DA REDAÇÃO
Após denuncias feitas pela reportagem do Fantástico (Globo), no último domingo (24), o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), exonerou o servidor Lionor Silva Santos, do cargo de chefe substituto da Unidade Avançada de Diamantino (MT).
O servidor é suspeito de envolvimento em vendas irregulares de terras destinadas a assentamentos da reforma agrária em Mato Grosso. Os lotes do Incra são destinados às famílias pobres, entretanto, o beneficiário não pode vender a terra.
A reportagem mostrou que lotes destinados estão sendo vendidos em Sorriso, onde são construídos sítios de lazer.
Foi constata a participação do servidor exonerado no esquema, após um interessado em vender o terreno afirmar que bastaria "dar um troquinho" a Lionor, para que o terreno fosse transferido de nome. Outro vendedor revelou ainda que, na sua última venda, o servidor pediu R$ 2 mil para transferir o terreno de nome no Incra.
Em nota, o Incra disse que apura as eventuais participações de funcionários nos casos citados pela reportagem. "Comprovada à participação de qualquer servidor, autarquia adotará as medidas e procedimentos cabíveis", diz a nota.
A Superintendência Regional do Incra em Mato Grosso afirmou que no dia 20 de julho começou a vistorias no assentamento Jonas Pinheiro, que abriga 213 famílias, para verificar denúncias. Dos 28 lotes vistoriados até o momento, 20 apresentavam irregularidades. A previsão é que o trabalho seja concluído até o final do mês, conforme nota divulgada pela autarquia.